Imigração: crianças até aos três anos ficam “sem direitos” quando pais estão irregulares

Associação Olho Vivo denuncia regra que mudou no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras: crianças nascidas em Portugal com menos de três anos, filhas de quem ainda não tem autorização de residência, já não podem regularizar-se e ficam sem direito a abono ou apoios sociais. “É como se não existissem”, diz Flora Silva. SEF não respondeu. MAI diz que situações “serão corrigidas pelo SEF”.

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Sara Jesus Palma

Carla Seabra, angolana, todos os dias se aflige porque a autorização de residência que devia ser emitida pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) não chega à sua caixa de correio. Tem um filho de oito meses que não pode estar inscrito na Segurança Social enquanto a mãe não tiver a sua situação regularizada. Isto quer dizer que não recebe qualquer abono, que tanta falta lhe faz para as fraldas, para o leite. Também não se pode inscrever na creche apoiada pela segurança social ou ter acesso a outros benefícios.

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Carla Seabra, angolana, todos os dias se aflige porque a autorização de residência que devia ser emitida pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) não chega à sua caixa de correio. Tem um filho de oito meses que não pode estar inscrito na Segurança Social enquanto a mãe não tiver a sua situação regularizada. Isto quer dizer que não recebe qualquer abono, que tanta falta lhe faz para as fraldas, para o leite. Também não se pode inscrever na creche apoiada pela segurança social ou ter acesso a outros benefícios.