Bloco de Esquerda impõe linha vermelha: só viabiliza Orçamento se houver nova auditoria ao Novo Banco
Catarina Martins considera “uma irresponsabilidade” o Orçamento para 2021 prever continuar a fazer transferências para o Novo Banco, por entender que a gestão do banco “está a lesar o interesse público em milhões e milhões de euros”
O Bloco de Esquerda faz depender a viabilização do Orçamento do Estado do fim das transferências para o Novo Banco e da realização de uma auditoria feita por instituições públicas, adiantou este sábado a coordenadora do partido, Catarina Martins.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O Bloco de Esquerda faz depender a viabilização do Orçamento do Estado do fim das transferências para o Novo Banco e da realização de uma auditoria feita por instituições públicas, adiantou este sábado a coordenadora do partido, Catarina Martins.
Numa entrevista ao jornal Expresso, Catarina Martins considera “uma irresponsabilidade” o Orçamento para 2021 prever continuar a fazer transferências para o Novo Banco, por entender que a gestão do banco “está a lesar o interesse público em milhões e milhões de euros”.
“A proposta do BE é esta: não há nenhuma injecção no Novo Banco e faz-se uma auditoria com uma comissão pública com vista ao processo de denúncia do contrato com a Lone Star”, disse Catarina Martins, na entrevista ao Expresso.
A coordenadora do Bloco de Esquerda considera existirem no Banco de Portugal, na Inspecção-Geral das Finanças e no Tribunal de Contas “técnicos e capacidade para criarem uma comissão para essa auditoria”.
Na mesma entrevista ao semanário, Catarina Martins afirma ser “óbvio que o Fundo de Resolução tem de ser demitido”, por ter feito “tudo o que a Lone Star queria” e permitir que o Estado seja “roubado em milhares de milhões de euros”.