Ana Gomes: “Não devo nem posso desertar deste combate pela democracia”

“Ana Gomes a crescer” é o slogan da candidata na sua página do Facebook, que emitiu a apresentação da candidatura em directo.

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À hora marcada, a pré-candidata subiu ao púlpito e a sua página no Facebook começou a emissão. Cinco minutos depois, Ana Gomes começava a sua apresentação. “É para mim uma honra fazer esta declaração na Casa da Imprensa”, disse a antiga eurodeputada do PS. "Antes e depois do 25 de Abril, esta casa sempre acolheu quem se dá pela liberdade e democracia. Estes são os dois temas que me trazem aqui hoje. Declaro-me candidata nas próximas eleições presidenciais”, atirou Ana Gomes.

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À hora marcada, a pré-candidata subiu ao púlpito e a sua página no Facebook começou a emissão. Cinco minutos depois, Ana Gomes começava a sua apresentação. “É para mim uma honra fazer esta declaração na Casa da Imprensa”, disse a antiga eurodeputada do PS. "Antes e depois do 25 de Abril, esta casa sempre acolheu quem se dá pela liberdade e democracia. Estes são os dois temas que me trazem aqui hoje. Declaro-me candidata nas próximas eleições presidenciais”, atirou Ana Gomes.

"Depois de um longo processo de reflexão, decidi que não devo nem posso desertar deste combate pela democracia”, anunciou. Candidato-me porque acredito que Portugal precisa de uma Presidência diferente, sem medo de ir contra os interesses instalados.”

“Durante meses e meses, esperei que o meu partido apresentasse um candidato, saído das suas próprias fileiras. Não compreendo nem aceito a desvalorização de um acto tão significante como as eleições presidenciais. O Presidente da República não é eleito para governar, mas a Constituição atribui-lhe um papel vital no equilíbrio do sistema político e partidário. Cabe-lhe defender a Constituição”, assumiu a diplomata, lembrando que o cargo de Presidente da República é o “mais alto cargo do sistema semipresidencialista”.

Num discurso de sete minutos, a socialista assumiu que será uma candidata a Presidente “livre de cumplicidades”, que vai colaborar “sem ser refém de interesses partidários, que vai zelar “pelos direitos dos cidadãos” e estimular “sociedade civil e escrutinar”.

A sua candidatura, explicou, “não quer dividir o PS nem o país, nem é uma candidatura contra ninguém”. É contra as desigualdades, contra a desumanidade em relação aos mais velhos, contra a lentidão da justiça, contra a corrupção. “Não podemos continuar a atirar cidadãos para as margens”, disse. E concluiu: “A democracia vale a pena, só com a democracia poderá haver esperança e progresso neste país.”

Questionada sobre a entrevista de Marisa Matias ao jornal PÚBLICO e à Renascença, em que a candidata do Bloco diz que espera que Ana Gomes não lhe peça para desistir, a eurodeputada socialista respondeu com uma pergunta: “Ainda agora lançámos a candidatura e já estão a falar em desistir?”.

Defendendo que “cada pessoa é diferente”, Ana Gomes prometeu uma” actuação diferente”, mas ainda assim fez um “balanço positivo” do mandato de Marcelo Rebelo de Sousa. “Desde logo pela descrispação que conseguiu introduzir numa sociedade que estava bastante crispada”, defendeu.