Combate ao fogo em Oliveira de Frades reforçado, mais de 700 operacionais no terreno
Vento dificultou o combate às chamas durante a madrugada.
O incêndio que deflagrou na segunda-feira em Oliveira de Frades continuava, cerca de 24 horas depois, “bastante activo”, com o vento a ser o “pior inimigo” do combate, disse o comandante distrital de Operações de Socorro de Viseu. "A cabeça de fogo está, neste momento, no concelho de Águeda e no concelho de Sever do Vouga”, no distrito de Aveiro, explicou Miguel David à agência Lusa, por volta das 11h15 desta terça-feira.
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O incêndio que deflagrou na segunda-feira em Oliveira de Frades continuava, cerca de 24 horas depois, “bastante activo”, com o vento a ser o “pior inimigo” do combate, disse o comandante distrital de Operações de Socorro de Viseu. "A cabeça de fogo está, neste momento, no concelho de Águeda e no concelho de Sever do Vouga”, no distrito de Aveiro, explicou Miguel David à agência Lusa, por volta das 11h15 desta terça-feira.
No concelho de Oliveira de Frades, distrito de Viseu, “a situação ainda está com bastante actividade, pese embora a parte mais activa do incêndio esteja do outro lado”, disse. Segundo o responsável, “o vento tem sido o pior inimigo na estratégia de combate, obrigando a permanentes redefinições”.
A prioridade dos bombeiros está a ser “a defesa perimétrica de algumas aldeias” dos concelhos de Sever do Vouga e de Águeda, e “o confinamento de pessoas nessas aldeias, considerando que estão na linha de propagação do incêndio”. Miguel David explicou que “o terreno é bastante complexo, com uma orografia bastante acentuada, com muito afloramento rochoso”, que muitas vezes impede as operações de combate. Tal obriga “a permanente reposicionamento e redefinição da estratégia”, explicou, acrescentando que as cinco máquinas de rasto que estão no terreno têm sido “um aliado importante”.
No combate às chamas estavam, às 12h, 766 operacionais, apoiados por 234 veículos terrestres e 15 meios aéreos, de acordo com a página da Protecção Civil. O reforço de meios acontecera já esta manhã, de acordo com informações do Comando Distrital de Operações e Socorro (CDOS) de Viseu ao PÚBLICO que, horas antes, pelas 8h30, indicara que o incêndio era combatido por 720 operacionais, apoiados por 231 veículos.
O incêndio levou ao corte da Estrada Nacional (EN) 328, entre as freguesias de Pessegueiro do Vouga e Talhadas, na saída para a Auto-estrada 25 (A25), no concelho de Sever do Vouga.
Um bombeiro de 41 anos morreu na segunda-feira enquanto combatia este incêndio no concelho de Oliveira de Frades, onde o comandante nacional da Protecção Civil, Duarte da Costa, apelou à “tolerância zero no uso do fogo”.
No site da ANEPC, cerca das 2h25 havia ainda um incêndio activo no distrito da Guarda, em zona de mato, em Vila Chã, Seia, que mobilizava 122 operacionais, apoiados por 35 veículos.
No distrito de Braga, em Celorico de Basto, um incêndio activo em zona de mato continuava com 98 operacionais e 31 viaturas à mesma hora, tendo os bombeiros dado por extinto outro incêndio no concelho de Cabeceiras de Basto, que chegou a ocupar 31 operacionais apoiados por sete viaturas, ao início da madrugada.