Novo Banco não avisou Fundo de Resolução sobre chumbo interno à venda de imóveis
O negócio envolveu imóveis no valor de 645 milhões e uma instituição espanhola, que os vendeu. A direcção que garante o cumprimento das boas práticas no banco chumbou duas vezes o negócio. Mas o Fundo de Resolução só soube dois anos depois
A auditoria especial ao BES/Novo Banco apurou que a gestão de António Ramalho não informou o Fundo de Resolução que, por duas vezes, foi desaconselhada pela direcção de compliance do banco a avançar com as operações de venda de carteiras de activos (imóveis) envolvendo a sociedade Alantra. Este facto relevante só viria a ser reportado ao Fundo de Resolução, em Junho de 2020, quase dois anos depois, na sequência do auditoria da Deloitte. No relatório, a auditora revela ainda o facto de não ter conseguido confirmar ou excluir eventuais ligações entre os compradores das carteiras de activos vendidas pelo Novo Banco e sociedades próximas do próprio banco ou da Lone Star, o fundo norte-americano que adquiriu 75% a instituição em 2017.
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A auditoria especial ao BES/Novo Banco apurou que a gestão de António Ramalho não informou o Fundo de Resolução que, por duas vezes, foi desaconselhada pela direcção de compliance do banco a avançar com as operações de venda de carteiras de activos (imóveis) envolvendo a sociedade Alantra. Este facto relevante só viria a ser reportado ao Fundo de Resolução, em Junho de 2020, quase dois anos depois, na sequência do auditoria da Deloitte. No relatório, a auditora revela ainda o facto de não ter conseguido confirmar ou excluir eventuais ligações entre os compradores das carteiras de activos vendidas pelo Novo Banco e sociedades próximas do próprio banco ou da Lone Star, o fundo norte-americano que adquiriu 75% a instituição em 2017.