Alexei Navalny já não está em coma induzido
Hospital de Berlim revela que o opositor de Vladimir Putin, vítima de envenenamento, está a melhorar e já responde à fala.
O estado de saúde de Alexei Navalny está a melhorar e o opositor russo foi retirado do coma induzido em que estava no Hospital Charité, em Berlim. Os médicos dizem que está progressivamente a respirar sem ventilador, e que está a responder à fala.
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O estado de saúde de Alexei Navalny está a melhorar e o opositor russo foi retirado do coma induzido em que estava no Hospital Charité, em Berlim. Os médicos dizem que está progressivamente a respirar sem ventilador, e que está a responder à fala.
Ainda antes da notícia, a chanceler alemã, Angela Merkel, disse que não podia excluir que o caso tivesse impacto no Nord Stream 2, uma mudança na sua posição, já que tem afirmado que o gasoduto da petrolífera estatal russa Gazprom, que duplicaria o volume de gás natural russo a chegar ao mercado alemão, era uma iniciativa privada e não podia por isso ser alvo de decisões políticas.
De Londres, o ministro dos Negócios Estrangeiros anunciou que chamou o embaixador russo para lhe comunicar a sua preocupação, acrescentando que “é inaceitável o uso de uma arma química proibida”.
Quando a Navalny, o hospital conclui o seu curto comunicado alertando que apesar das melhorias ainda é cedo para saber como será a recuperação, dizendo que “não se pode ainda excluir que haja consequências a longo prazo deste envenenamento grave”.
Segundo um laboratório militar alemão, o químico usado contra Navalny foi o agente de nervos Novichok, desenvolvido por militares soviéticos nos anos 1970 e 1980. Foi a mesma substância usada em 2018 contra o antigo espião duplo Sergei Skripal e a sua filha, em Salisbury, Inglaterra. Apesar de terem sido levados para o hospital em estado crítico, os dois sobreviveram, mas uma mulher exposta ao agente químico morreu.
Navalny sentiu-se mal durante um voo interno — regressava de uma viagem à Sibéria para Moscovo — no dia 20 de Agosto. Ainda ficou internado num hospital local, onde os médicos disseram que poderia ter tido uma crise de hipoglicémia (baixo nível de açúcar no sangue) mas ao mesmo tempo diziam que não estava suficientemente estável para viajar. Passados dois dias foi transferido para Berlim.