O (atípico) factor casa não foi uma vantagem para os nórdicos
Suécia, Dinamarca e Islândia perderam na 1.ª jornada da Liga das Nações, todos na condição de anfitriões.
O alegado factor casa, essa vantagem teórica que decorre de se competir num palco que costuma ser o habitat natural, está, por estes dias, comprometido pela ausência de público. Mas numa região do globo com um clima mais agreste, este poderia continuar a ser um trunfo, até pelo conforto de se jogar num espaço e num ambiente que é familiar. Não foi o caso para a Suécia, para a Dinamarca nem para a Islândia nos jogos de estreia na Liga das Nações.
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O alegado factor casa, essa vantagem teórica que decorre de se competir num palco que costuma ser o habitat natural, está, por estes dias, comprometido pela ausência de público. Mas numa região do globo com um clima mais agreste, este poderia continuar a ser um trunfo, até pelo conforto de se jogar num espaço e num ambiente que é familiar. Não foi o caso para a Suécia, para a Dinamarca nem para a Islândia nos jogos de estreia na Liga das Nações.
Na próxima terça-feira, Portugal jogará em Solna e esperará conseguir algo semelhante ao que obteve neste sábado a França (0-1). Num jogo que até foi relativamente equilibrado, apesar do maior pendor ofensivo gaulês, Kylian Mbappé colocou os visitantes na frente do marcador, num bom lance individual.
O golo não foi suficiente para catapultar a França para um triunfo confortável, mas o certo é que a selecção comandada por Didier Deschamps foi a que esteve mais perto de voltar a marcar. Especialmente aos 90’, quando Lindelof travou Martial em falta, na área. Na marcação do penálti, Griezmann atirou por cima.
O desperdício do avançado do Barcelona não impediu, porém, o campeão do mundo de se juntar a Portugal no comando do Grupo 3 da Liga A, com os mesmos três pontos.
Também na principal Liga da competição, mas no Grupo 2, a selecção de Inglaterra dominou e ganhou justamente na Islândia, mas não sem antes se livrar de um valente susto (0-1). Apesar do maior controlo dos britânicos, que terminaram com nove remates contra dois dos nórdicos (nenhum dos quais enquadrado), a partida decidiu-se nos derradeiros instantes, em Reiquejavique.
Foi uma segunda parte agitada, em todos os sentidos. Aos 71’, Kyle Walker foi expulso (duplo amarelo) e complicou a vida à selecção orientada por Gareth Southgate, mas a superioridade numérica islandesa durou menos de 20 minutos. Aos 89’, Ingason foi expulso, foi assinalada grande penalidade a favor de Inglaterra e Sterling assinou o 0-1.
Estávamos já no tempo de compensação, mas ainda haveria margem para um momento capital. Aos 90+2’, Joe Gomez puxou a camisola de Fridjonsson na área e o árbitro marcou penálti para a Islândia. Bjarnason, porém, atirou por cima da trave e viu a selecção inglesa assumir o primeiro lugar do grupo, de braço dado com a Bélgica.
Como não há duas sem três, entre os países nórdicos neste sábado em acção houve mais uma vítima. Na Dinamarca, os belgas, com Jan Vertonghen a titular e organizados em 3x4x2x1, marcaram logo aos 9’, por intermédio do central Denayer. E se os dinamarqueses até somaram maior posse de bola e equilibraram a partida no parâmetro dos remates, acabariam por não conseguir tirar partido da procura dos jogo aéreo e das bolas paradas ofensivas.
Na verdade voltaria a ser a Bélgica a marcar, pelo talentoso Dries Mertens, aos 77’, após assistência de Tielemans. Foi a confirmação de um triunfo que surgiu com naturalidade, tendo em conta a maior qualidade de decisão no último terço.