Professores: mais de 80% não acreditam que haja condições para aulas presenciais

Inquérito foi promovido nas redes sociais de professores. A maioria dos inquiridos preferia dar aulas em regime misto (presencial e à distância).

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Regime misto reúne as preferências dos professores Paulo Pimenta

Com o arranque do ano lectivo à porta, os professores estão em simultâneo desconfiados em relação às condições existentes nas escolas, mas autoconfiantes em relação às suas capacidades de levar por diante tanto as aulas presenciais, como o ensino à distância se for necessário lá voltar.

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Com o arranque do ano lectivo à porta, os professores estão em simultâneo desconfiados em relação às condições existentes nas escolas, mas autoconfiantes em relação às suas capacidades de levar por diante tanto as aulas presenciais, como o ensino à distância se for necessário lá voltar.

Estes são os principais resultados de um estudo sobre as expectativas dos professores para o novo ano lectivo, apresentado nesta sexta-feira num debate online com o secretário de Estado Adjunto e da Educação, João Costa, promovido pela plataforma docente #SomosSolução.

O estudo é coordenado pelo professor do ISPA- Instituto Universitário, João Marôco, e tem na base um inquérito realizado nas redes sociais de professores entre 26 de Agosto e 4 de Setembro. Foram validadas 1961 respostas.

Neste inquérito 84% dos professores não acreditam que as escolas tenham as condições necessárias (infra-estruturas e recursos humanos) para o ensino 100% presencial, como está previsto que aconteça a partir de 14 de Setembro. E 64% também consideram que não estão asseguradas as condições de segurança sanitárias para as aulas presenciais. Só 21% dos inquiridos se mostram confiantes quanto à existência destas duas condições.

Apesar das reservas manifestadas em relação ao ensino presencial, 71% dos inquiridos também consideram que as escolas não têm condições (infra-estruturas e recursos humanos) para garantir um ensino totalmente à distância.

Entre um lado e outro, escolhem o meio: 66% assumem que preferiam “dar aulas em formato misto (presencial e à distância)”, sendo que mais de metade (55%) sentem-se “capacitados” para usar as ferramentas necessárias para garantir as aulas à distância. No limite são 87% os que dizem que aquilo que querem mesmo é dar aulas, “seja de que tipo”.