Um mês após a explosão que mudou tudo, o sistema libanês parece apostado na sua preservação

Poucos dão o benefício da dúvida ao novo primeiro-ministro, cuja maior qualidade “é não levantar objecções”. Muitos notam a ironia de, no centenário do país, o Presidente da antiga potência colonial ir a Beirute “tratar os políticos como se fossem miúdos da escola”.

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O sistema libanês parece estar apostado na sua preservação, mesmo enquanto se afunda, um mês depois da terrível explosão no porto de Beirute, algo nunca visto no país, nem durante a violenta guerra civil. “A razão é muito simples”, disse ao PÚBLICO o analista político e director executivo interino da Associação Árabe de Direito Constitucional Halim Shebaya: “Se houvesse uma reforma real, isso significaria que teriam de ser responsabilizados por tudo o que aconteceu nos últimos 30 anos, de toda a corrupção anterior à explosão de 4 de Agosto.”

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O sistema libanês parece estar apostado na sua preservação, mesmo enquanto se afunda, um mês depois da terrível explosão no porto de Beirute, algo nunca visto no país, nem durante a violenta guerra civil. “A razão é muito simples”, disse ao PÚBLICO o analista político e director executivo interino da Associação Árabe de Direito Constitucional Halim Shebaya: “Se houvesse uma reforma real, isso significaria que teriam de ser responsabilizados por tudo o que aconteceu nos últimos 30 anos, de toda a corrupção anterior à explosão de 4 de Agosto.”