Covid-19: Madrid impõe limite de ajuntamentos de pessoas em espaços públicos e privados
Capital espanhola regista 473 casos de novo coronavírus por cada 100 mil habitantes e proíbe que se juntem mais de dez pessoas. Há novas limitações para participar em cerimónias religiosas e fúnebres, a partir de segunda-feira.
Com o aumento substancial de novos casos de SARS-CoV-2 na capital espanhola, as autoridades de Madrid anunciaram novos medidas para tentar conter a propagação do vírus, entre elas a limitação no ajuntamento de pessoas tanto em espaços públicos como privados.
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Com o aumento substancial de novos casos de SARS-CoV-2 na capital espanhola, as autoridades de Madrid anunciaram novos medidas para tentar conter a propagação do vírus, entre elas a limitação no ajuntamento de pessoas tanto em espaços públicos como privados.
A partir da próxima segunda-feira, em Madrid não serão permitidos ajuntamentos com mais de dez pessoas que não vivam juntas, seja na rua ou em casa, e o número de pessoas presentes em velórios diminuirá de 75% para 60% da capacidade das instalações, sendo que o número máximo em funerais ou cremações será de 50 pessoas ao ar livre e 25 em espaços fechados.
A mesma redução da capacidade será aplicada a cerimónias religiosas como missas, casamentos, baptismos e comunhões. Em caso de celebração, o número de convidados não poderá ultrapassar a limitação de 60% da capacidade total do espaço onde é realizada. Os bailes e consumo de bebidas e comida em pé estão proibidos.
Estas restrições também se aplicam a casinos, parques de diversões e jardins zoológicos. As touradas também estarão provisoriamente proibidas.
Na restauração há também algumas novidades. Antes, a distância de 1,5 metros era aplicada entre mesas, agora passar a ser entre cadeiras. A lotação dos restaurantes terá de diminuir para 50%.
Numa conferência de imprensa esta segunda-feira, o conselheiro para a Saúde de Madrid, Enrique Ruiz Escudero, garantiu que a “pandemia está estável e controlada”. No entanto, existe “preocupação”.
Perante os números dos últimos dias – de acordo com o El País, a comunidade de Madrid tem uma incidência acumulada de 473 casos por cada 100 mil habitantes nas últimas duas semanas, mais do dobro da média de Espanha –, as autoridades viram-se obrigadas a tomar o que a presidente da Comunidade de Madrid, Isabel Díaz Ayuso, do Partido Popular, classificou como medidas “dolorosas” e “duríssimas”, em entrevista à rádio RNE.
A Comunidade de Madrid anunciou ainda que vai aumentar a sua capacidade de rastreamento e que vão ser disponibilizados dois milhões de testes rápidos ao SARS-Cov-2.
As novas medidas, que entram em vigor numa altura em milhões de madrilenos voltam das férias de Verão e quando milhões de crianças preparam-se para regressar às aulas, têm uma duração de 15 dias, altura em que serão revistas, mediante o desenvolvimento da situação epidemiológica.
As comunidades autónomas de Castela-Mancha e Castela e Leão já demonstraram a preocupação com o aumento de casos em Madrid e afirmam que grande parte do crescimento da pandemia nas suas regiões têm origem directa ou indirecta em Madrid. Por isso, segundo o El País, pedem restrições “coordenadas”. Na próxima segunda-feira, Isabel Díaz Ayuso reúne-se com os presidentes destas regiões e com as autoridades de saúde locais para discutir medidas futuras para a contenção da propagação do vírus.
Esta sexta-feira, Espanha contabilizou mais 4503 casos de coronavírus, 1462 em Madrid. A capital espanhola acumula um terço dos cerca de 102 mil casos de infecção reportados nas últimas duas semanas. Desde o início da pandemia, Espanha regista mais de 498 mil infecções e mais de 29 mil pessoas morreram devido à covid-19.