Festival Circular de Vila do Conde com várias estreias e público na plateia

O Circular será dos primeiros festivais no Norte do país que, podem, de novo realizar-se

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Edição de 2019 Nelson Garrido

A edição deste ano do Circular, Festival de Artes Performativas de Vila do Conde, adaptou-se às contingências da pandemia de covid-19, mas vai manter espectáculos com presença de público, apresentando várias estreias absolutas e nacionais.

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A edição deste ano do Circular, Festival de Artes Performativas de Vila do Conde, adaptou-se às contingências da pandemia de covid-19, mas vai manter espectáculos com presença de público, apresentando várias estreias absolutas e nacionais.

Os coreógrafos Vera Mantero e Luís Guerra, Miguel Bonneville, o músico Richard Barrett, o Drumming - Grupo de Percussão e o dramaturgo José Maria Vieira Mendes são alguns dos protagonistas do festival.

O certame, que se realiza entre 19 a 26 de Setembro, em vários espaços municipais de Vila do Conde, distrito do Porto, terá, segundo a organização, a lotação das salas reduzida para metade e cumprirá todas normas de segurança impostas pela Direcção-Geral da Saúde (DGS) aos eventos culturais.

“O Circular será dos primeiros festivais no Norte do país que, podem, de novo realizar-se. Acreditamos que o público vai aderir e com confiança. Serão seguidas todas orientações da DGS, em articulação com a autarquia, e haverá uma alternância nos espaços de apresentação”, disse Paulo Vasques, que partilha a direcção artística do festival com Dina Magalhães.

O responsável confessou que a programação do Circular já estava agendada antes da pandemia, e que, apesar das contingências, foi possível “manter praticamente todos os espectáculos previstos, através de um diálogo permanente com os artistas”.

“A criação artística e a actividade cultural ficaram este ano muito comprometidas, mas queremos reactivar esse encontro dos artistas com o público. É algo desafiante, que implicou um diálogo muito estreio para perceber se os espectáculos eram exequíveis com as novas regras”, acrescentou Paulo Vasques.

O director garante que as apresentações desta edição do Circular “já incluem a questão do distanciamento”, evitam a “aproximação do público ao palco” e estão preparadas para “se adaptarem a novas situações que possa surgir”.

O festival mantém um programa nacional e internacional nas áreas da dança, música, performance, teatro, e pensamento, contando com estreias absolutas das criações dos coreógrafos Vera Mantero e Luís Guerra, de Miguel Bonneville e no concerto de Richard Barrett, Drumming Grupo de Percussão (João Dias e Miquel Bernat) e Gustavo Costa.

Ainda na área da música, destaque para a apresentação de synesthesia, um projecto de criação e composição audiovisual de Angélica Salvi e La Skimal, que junta harpa e vídeo electroacústicos, e Noviga Projekto, de Clara Saleiro e Manuel Alcaraz Clemente.

Na área do pensamento, está agendado um seminário orientado por José Maria Vieira Mendes, dirigido ao público em geral, estudantes do ensino superior, nomeadamente de áreas ligadas à dramaturgia, coreografia e outras disciplinas artísticas, programadores, gestores culturais e professores.

Está também agendado o lançamento do quarto número do Jornal Coreia, com direcção do coreógrafo João dos Santos Martins.

O preço dos bilhetes para os espetáculos está fixado em cinco euros, e podem ser adquiridos nos equipamentos culturais de Vila do Conde e nas plataformas online.

O Festival Circular, que este ano tem um orçamento de 65 mil euros, conta com o patrocínio da Câmara Municipal de Vila do Conde e é financiado pela Direcção-Geral das Artes.