Costa pede aos portugueses que usem máscaras nacionais reutilizáveis

António Costa acentuou que a aquisição de máscaras nacionais “protege o ambiente, protege a saúde e o emprego”.

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Costa ofereceu máscaras portuguesas a líderes europeus LUSA/STEPHANIE LECOCQ / POOL

O primeiro-ministro pediu nesta quarta-feira aos portugueses para que usem máscaras reutilizáveis fabricadas em Portugal, permitindo-se desta forma proteger simultaneamente a saúde de cada um, o ambiente e os empregos nas empresas nacionais.

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O primeiro-ministro pediu nesta quarta-feira aos portugueses para que usem máscaras reutilizáveis fabricadas em Portugal, permitindo-se desta forma proteger simultaneamente a saúde de cada um, o ambiente e os empregos nas empresas nacionais.

António Costa falava aos jornalistas em São Bento, após ter recebido em audiência representantes de associações dos sectores têxtil e vestuário, que lhe ofereceram uma caixa com exemplares de alguns dos cerca de 2500 modelos de máscaras comunitárias já certificadas e que foram produzidas por empresas portuguesas.

“É indispensável o uso da máscara. E o uso da máscara reutilizável produzida pela indústria portuguesa consegue o três em um. Sendo reutilizável é amiga do ambiente, protege-nos contra a pandemia, mas protege também os empregos daqueles que trabalham nas empresas da indústria têxtil”, justificou.

António Costa acentuou que a aquisição de máscaras nacionais “protege o ambiente, protege a saúde e o emprego”.

“Utilizemos estas máscaras. Há para todos os gostos e feitios. Umas mais coloridas, outras mais sóbrias, umas com mais design, outras com menos design, mas todas nos protegem contra a covid-19, todas protegem a nossa economia e o ambiente”, acrescentou.

Tendo ao seu lado o presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, Mário Jorge Machado, o primeiro-ministro, na sua breve intervenção, começou por agradecer “o enorme esforço de readaptação à nova realidade” deste sector produtivo nacional ao longo dos meses de pandemia da covid-19.

“Estamos perante uma muito dura realidade de quebra de mercado e às vezes de quebra de fornecedores. Mas [o sector] conseguiu reinventar-se, produzindo algo que é hoje absolutamente indispensável à vida do quotidiano dos cidadãos: as máscaras e os equipamentos de protecção individual para profissionais do sector da saúde, ou de outros sectores em que esses mesmos equipamentos são vitais”, referiu António Costa.

O primeiro-ministro contou depois um episódio que observou na maratona negocial do último Conselho Europeu, em Julho, em Bruxelas, que durou cinco dias, mas em que os Estados-membros conseguiram alcançar um acordo em torno do Quadro Financeiro Plurianual 2021/2027 e do Programa de Recuperação e Resiliência.

“Nessa maratona, o primeiro ponto em que foi possível um grande consenso foi sobre a enorme qualidade das máscaras produzidas pela indústria portuguesa”, disse.

Antes de começarem os trabalhos desse Conselho Europeu, António Costa ofereceu máscaras fabricadas em Portugal aos chefes de Estado e de Governo dos outros países da União Europeia.

Já o presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, que falou em nome de várias entidades representativas do sector, agradeceu a iniciativa de António Costa de oferecer máscaras aos seus homólogos europeus.

“Nós, sector têxtil, entendemos que devíamos retribuir esse gesto. Trouxemos umas máscaras para mostrar aquilo que o sector têxtil tem vindo a fazer em termos de capacidade de inovação, adaptação e velocidade no desenvolvimento desta gama de produtos. Penso que contribuíram para ajudar o nosso sistema de saúde”, declarou Mário Jorge Machado.

Este empresário referiu depois que as indústrias têxteis “estão a passar uma fase difícil em termos de economia e de encomendas” e que todas estas empresas procuram alternativas para ultrapassar a crise.

“Foram aprovados mais de 2500 modelos de diferentes máscaras. Houve uma grande solidariedade das empresas”, acrescentou.