Rui Rio acusa Governo de fazer “uma cedência especial” ao PCP para fazer a Festa do Avante!

Presidente do PSD insiste que se trata de “um festival de Verão”. Se houver contágios, as responsabilidades devem ser apontadas ao Governo e ao PCP, defende.

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Rui Rio PAULO NOVAIS/Lusa

O líder do PSD, Rui Rio, acusou nesta terça-feira o Governo de ceder ao PCP para a realização da Festa do Avante!, continuando a manifestar-se contra a realização do evento e que tem início na sexta-feira.

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O líder do PSD, Rui Rio, acusou nesta terça-feira o Governo de ceder ao PCP para a realização da Festa do Avante!, continuando a manifestar-se contra a realização do evento e que tem início na sexta-feira.

“Temos uma velocidade normal para tudo o que é normal no país e uma velocidade especial para a questão da Festa do Avante!. Portugal já foi exemplo positivo no estrangeiro na luta contra a pandemia. Infelizmente, agora esta questão da Festa do Avante! até já é exemplo negativo”, afirmou o presidente do PSD após uma visita ao Hospital de São João, no Porto.

O líder social-democrata citou notícias em alguns dos “mais prestigiados jornais do mundo”, que deram conta da realização da festa comunista a que Rio chama “um festival de Verão como muitos outros só que com um comício político associado”.

“Se já era mau, quando isto serve como exemplo negativo para Portugal no estrangeiro ainda é pior”, rematou. “Espero que não tenha consequências naquilo que é a confiança que os outros países possam ter na forma como nós estamos a combater a pandemia. Porque todos nós sabemos que isso tem reflexos na nossa própria economia.”

Rui Rio diz não ter dúvidas de que houve por parte do Governo “uma cedência especial” ao PCP porque “não se justifica” e “não tem racionalidade” realizar a festa da Quinta da Atalaia.

O presidente do PSD lembra que todos os partidos suspenderam as aberturas políticas e algumas delas não eram festivais, mas sim comícios políticos. “O Governo devia ter uma coerência do princípio ao fim, como falhas, naturalmente, porque somos humanos e todos falhamos. Aqui já não é uma falha, aqui é um erro realmente grave, que é permitir 16.500 pessoas, quando nós sabemos que hoje é isso que temos de evitar e logo a seguir, no dia 15, vai entrar outra vez um estado de contingência especial por se saber que tudo isto pode piorar de repente”, salientou.

“Não faz sentido e se não faz sentido há aqui outras razões. Falha o Partido Comunista, que insiste em fazer aquilo que não devia fazer, e falha o Governo, que o permite e dá estas facilidades”, disse ainda.

Se se verificarem linhas de contágio provenientes de presenças na Festa do Avante!, Rui Rio diz que “as responsabilidades devem em primeiro ser apontadas ao Governo e ao PCP em segundo”.

Questionado pelos jornalistas se a “cedência” ao PCP de que fala possa estar relacionado com as negociações para o Orçamento do Estado de 2021, Rio diz que “é lícito que todos pensemos que possa ser isso”.