A festa e o PCP: um acto de história e ousadia
O PCP, ao concretizar mais uma Festa do Avante!, está a dar o passo histórico e necessário para que, daqui em diante, se perceba de uma vez por todas que a vida não é um factor de perturbação na luta contra pandemia, mas uma garantia de que quando esta tiver passado não tenha levado com ela os nossos empregos, os nossos salários e os nossos direitos.
O Partido Comunista Português (PCP) ousou romper com o medo no período da ditadura fascista e hoje, mais uma vez, está na vanguarda da defesa dos mais elementares direitos políticos e sociais que não podem estar confinados em momento algum. Mais, a vida colectiva não pode nem deve estar suspensa ad eternum porque aquilo que nos define enquanto seres sociais está profundamente ligado à capacidade que temos em nos organizar pela defesa dos direitos colectivos e pela prossecução da felicidade. O PCP, ao concretizar mais uma Festa do Avante!, está a dar o passo histórico e necessário para que, daqui em diante, se perceba de uma vez por todas que a vida, aquela para além das longas horas de trabalho e passadas nos transportes públicos, não é um factor de perturbação na luta contra pandemia, mas uma garantia de que quando esta tiver passado não tenha levado com ela os nossos empregos, os nossos salários e os nossos direitos.
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O Partido Comunista Português (PCP) ousou romper com o medo no período da ditadura fascista e hoje, mais uma vez, está na vanguarda da defesa dos mais elementares direitos políticos e sociais que não podem estar confinados em momento algum. Mais, a vida colectiva não pode nem deve estar suspensa ad eternum porque aquilo que nos define enquanto seres sociais está profundamente ligado à capacidade que temos em nos organizar pela defesa dos direitos colectivos e pela prossecução da felicidade. O PCP, ao concretizar mais uma Festa do Avante!, está a dar o passo histórico e necessário para que, daqui em diante, se perceba de uma vez por todas que a vida, aquela para além das longas horas de trabalho e passadas nos transportes públicos, não é um factor de perturbação na luta contra pandemia, mas uma garantia de que quando esta tiver passado não tenha levado com ela os nossos empregos, os nossos salários e os nossos direitos.
Falta menos de uma semana para que na Quinta da Atalaia se junte aquele povo que luta para dar um murro na mesa e demonstrar, de forma clara, que é possível organizar e lutar e que a vitória está sempre do lado dos que não baixam os braços e acreditam num outro futuro e numa vida melhor. A Festa do Avante! faz parte dessa vida melhor, é o exemplo do que a vida poderia ser, da solidariedade e camaradagem, do sorriso estampado na cara e dos braços sempre prontos para contribuir. É a festa dos trabalhadores e estes reconhecem-na como tal, tanto que lá vão todos os anos paulatinamente para expor os problemas das suas fábricas, das suas regiões e da sua realidade, mas também para se conhecerem e juntos usufruírem da imensa cultura que na Atalaia se implanta.
É a festa de um partido que, ao contrário de outros, não se refugia nas redes sociais para fingir que continua com actividade política, mas que sai à rua para as fábricas e serviços, para junto daqueles que todos os dias dão a sua força de trabalho na esperança de uma justa retribuição. O PCP não virou as costas aos trabalhadores, mesmo nas circunstâncias mais difíceis o partido esteve lá, pronto para dar luta àqueles que nos querem ver pregados ao chão e à mercê do chicote do patrão ou do sistema.
Neste mês de Agosto muito se falou sobre a realização da Festa do Avante! e a direita portuguesa, toda ela, aproveitou a abertura para atacar ainda mais a realização da festa do partido mas também num processo de diabolização de toda a actividade do PCP, aliás, com uma técnica que não é nova, antes bem conhecida pelos comunistas. Nesta semana, o próprio Presidente da República prestou declarações à comunicação social onde insinuava a falta de clareza e de confiabilidade numa negociação técnica entre a Direcção-Geral de Saúde (DGS) e o PCP, colocando a tónica numa eventual discriminação positiva em prol da festa comunista. Ora, num curto espaço de tempo vimos o Presidente Marcelo a apelar às pessoas para que visitassem a Feira do Livro, tanto em Lisboa como no Porto, querendo ver lá muita gente, e a questão que se coloca é a seguinte: o Presidente exigiu ou alguém no país teve conhecimento público do parecer da DGS para a realização das feiras do livro do Porto e de Lisboa? Alguém conhece o parecer técnico da DGS acerca do concerto que José Cid irá dar, dentro de poucos dias, na Altice Arena?
É fundamental que todos estes eventos e outros aconteçam porque, como disse, a vida não pode parar. Contudo, é por demais evidente o ataque feroz ao PCP porque só o partido dos comunistas portugueses é que, pelos vistos, está impedido de realizar qualquer actividade política. Para finalizar, queria só dizer que circula nas redes sociais as afirmações de alguém que apela para que se comece a partir a sede do PCP na Av. da Liberdade. Dizem ao que vêm e não é só a Festa do Avante! que incomoda, mas toda a actividade deste partido que mais não faz do que estar do lado certo da história.