INE confirma queda de 16,3% do PIB no segundo trimestre
Variação negativa em cadeia, de 13,9%, já revista a 14 de Agosto, foi também reiterada esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística.
O Produto Interno Bruto de Portugal registou, entre Abril e Junho deste ano, uma diminuição em cadeia de 13,9% em termos reais face ao primeiro trimestre de 2020, e de 16,3% em termos homólogos, face aos mesmos três meses de 2019, confirmou esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística.
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O Produto Interno Bruto de Portugal registou, entre Abril e Junho deste ano, uma diminuição em cadeia de 13,9% em termos reais face ao primeiro trimestre de 2020, e de 16,3% em termos homólogos, face aos mesmos três meses de 2019, confirmou esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística.
Os dados hoje divulgados confirmam a estimativa rápida de 14 de Agosto para as contas nacionais do segundo trimestre, e a queda histórica do PIB, que reviu então em baixa a primeira previsão divulgada pelo INE – de uma queda do PIB em cadeia de 14,1% e uma diminuição homóloga de 16,5% - divulgadas a 31 de Julho.
Esta segunda-feira, o INE explica que a “forte contracção da actividade económica reflectiu o impacto da pandemia covid-19 que se fez sentir de forma mais intensa nos primeiros dois meses do segundo trimestre”.
O resultado é explicado “principalmente pelo contributo negativo (-10,7 pontos percentuais) da procura interna” em cadeia, e de 11,9 pontos percentuais em termos homólogos, “consideravelmente mais acentuado que o observado no trimestre anterior (-1,2 p.p.) afirma o INE “reflectindo a expressiva contracção do consumo privado e do investimento”.
O instituto de estatística discrimina que “o consumo privado registou uma variação homóloga de -14,5% em termos reais (-1% no trimestre precedente) e que o investimento diminuiu 10,8% (taxa de -3,5% no primeiro trimestre)”.
Também o contributo da “procura externa líquida foi mais negativo no segundo trimestre”, passando de -1,1 para -4,4 pontos percentuais.
Face ao período homólogo, as exportações de bens e serviços recuaram 39,5%, mais do que a queda de 29,9% nas importações, “devido em grande medida à quase interrupção do turismo de não residentes”. A 14 de Agosto, o INE estimara em 39,6% a queda das exportações e de 29,7% das importações, face a igual trimestre de 2019.
Já em cadeia, comparando com o primeiro trimestre do ano, as exportações totais, em volume, recuaram 36,1% (fora de -7,3% a descida entre Janeiro e Março) e as importações decresceram 28,1% (quando tinham recuado 3,1% no primeiro trimestre). A anterior estimativa do INE apontava para uma queda em cadeia das exportações de 36,2% e para as importações de 28,1%.