Quantas histórias podem caber num estádio de futebol com capacidade para 12.000 pessoas? Certamente, muitas. No mínimo, tantas quantos os treinos e jogos nele disputados. Memórias de golos que ditaram vitórias ou derrotas decisivas, festejos de subidas de divisão, celebrações da conquista da Taça de Portugal e, mais importante do que tudo, lembranças das tardes de domingo em que todos afluíam ao estádio. A pé, de bicicleta ou de lancha — dependia da proveniência de cada um. Eram esperados, à porta, pelas vendedoras de pevides e tremoços. Rituais que o tempo transformou em recordações que parecem cada vez mais distantes. Especialmente agora que o estádio se foi, acabou reduzido a pó. O Mário Duarte foi demolido, ao fim de 85 anos de existência, mas, ainda que os projectores de luz tenham sido desmontados, as tristezas e alegrias nele vividas vão brilhar para sempre no coração das gentes de Aveiro.
Opinião
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