TVI já tem nova estrutura definida: Hugo Andrade é o braço-direito de Nuno Santos
Organigrama coloca todos os directores ao mesmo nível, em pé de igualdade, seja Cristina Ferreira (Entretenimento e Ficção), Anselmo Crespo (Informação), TVI Norte (João Fernando Ramos) ou Inovação (Filipe Terruta). Equipa entra formalmente em funções a 1 de Setembro.
Depois de todas as contratações polémicas, a casa está arrumada na TVI: o canal de Queluz de Baixo já tem a nova estrutura definida para arrancar oficialmente na próxima terça-feira. A novidade em relação aos nomes que foram sendo conhecidos desde meados de Julho é o nome de Hugo Andrade, que passa a ser o braço-direito de Nuno Santos, como director-geral-adjunto.
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Depois de todas as contratações polémicas, a casa está arrumada na TVI: o canal de Queluz de Baixo já tem a nova estrutura definida para arrancar oficialmente na próxima terça-feira. A novidade em relação aos nomes que foram sendo conhecidos desde meados de Julho é o nome de Hugo Andrade, que passa a ser o braço-direito de Nuno Santos, como director-geral-adjunto.
Hugo Andrade mudou-se da RTP (onde foi director de programas entre 2011 e 2015) para a TVI no início de Março, pela mão de Nuno Santos e assumiu o cargo de director de Conteúdos e Inovação. Andrade esteve na equipa fundadora da TVI nos anos 90, mas também trabalhou com Nuno Santos na estação pública e vem daí a confiança entre os dois.
O novo organigrama da TVI tem à cabeça o director-geral Nuno Santos e depois todas as outras pastas são colocadas ao mesmo nível. Ou seja, a directora de Entretenimento e Ficção, Cristina Ferreira, aparece lado a lado com os responsáveis das áreas da Informação (Anselmo Crespo), TVI Norte (João Fernando Ramos), Conteúdos Digitais (Ricardo Tomé), Planeamento e Compras e Vendas (Margarida Vitória Pereira), Antena e Research (Carlos Barata), Inovação (Filipe Terruta), Meios Operacionais (Frederico Teves), Comercial (Paulo Machado), Comunicação (Helena Forjaz), Marketing (João Moreira).
No comunicado enviado nesta sexta-feira à tarde a toda a empresa, em que anuncia a nova estrutura e as funções de cada área, Nuno Santos defende que o novo modelo de organização permite uma “maior eficácia” e “torna mais claro o processo de decisão e report”. O director-geral diz que esta nova forma de funcionar se insere no “momento de transformação” de que o grupo Media Capital está a ser alvo e que foi baptizado de “Processo Olimpo”. Um processo a que não será alheia a nova estrutura accionista, depois da entrada de Mário Ferreira no capital do grupo, ficando com quase um terço da empresa.
Com a entrada em funções, formalmente (já que alguns directores, como Cristina Ferreira, já estão a trabalhar informalmente desde Julho), a 1 de Setembro, os responsáveis de cada área terão que apresentar até dia 11 as estruturas que deles dependem e a forma como irão executar as suas tarefas, descreve Nuno Santos. Na Informação, Anselmo Crespo conta com os jornalistas Lurdes Baeta como directora-adjunta, e com os sub-directores Pedro Mourinho (que vem da SIC), Joaquim Sousa Martins (que é quem assegura a continuidade da actual equipa), e Pedro Benevides (antigo jornalista da RTP, da SIC e que era até aqui editor de Política do jornal digital Observador).
“É um modelo orientado para a produção de conteúdos informativos e de entretenimento e para a forma como os distribuímos. Esse é o foco da nossa actividade”, salienta Nuno Santos, que deixa um aviso: “O tempo é de simplificar e reorganizar. Melhorar processos e fluxos de trabalho. Todos fazemos parte da mudança.” E também vinca que a estrutura visa uma “centralização da decisão, sustentada num robusto controlo orçamental” embora os diferentes directores tenham “autonomia, iniciativa e poder efectivo”.
“Os media são hoje uma área de actividade e um importante sector da economia, em mudança galopante. A ligação dos conteúdos à tecnologia e a forma como nos relacionamos com o vídeo é muito distinta da que existia no passado, mesmo recente”, lembra Nuno Santos. Daí que na estrutura o director de Conteúdos Digitais vá ter também competências interligadas com as áreas do Entretenimento, da Informação e da Comunicação do Produto. “O nosso dever é criar, no Entretenimento e na Informação, um modelo inovador, arrojado e sustentado que responda à demanda que os públicos nos fazem”, afirma ainda o director-geral. Que remata, lembrando: “Mais importantes do que nós, só os nossos espectadores!”
De acordo com a descrição das competências de cada área, Cristina Ferreira ficará responsável pela produção interna e externa de entretenimento e ficção, pelos formatos, programas de day time, magazines, eventos e canais temáticos. Mas também pela gestão da grelha de programação e promoção, negociação e gestão orçamental e “gestão de talento on screen”. A equipa de Cristina Ferreira é composta por Lurdes Guerreiro, que foi directora da Endemol mais de uma dúzia de anos, João Patrício, que era realizador do Programa da Cristina na SIC, e André Manso, director de produção do mesmo programa.
O director de Informação Anselmo Crespo será responsável pelos conteúdos informativos, pela gestão de antena da TVI24, pelos eventos desportivos e pelos conteúdos do Mais Futebol. Já João Fernando Ramos, que fica director executivo da TVI Norte, irá dirigir as operações de informação do canal e da equipa de televisão naquela região e terá como missão desenvolver “parcerias e projectos envolvendo as instituições da região”.