Furacão Laura diminui de intensidade, mas continua extremamente perigoso
Autoridades mandaram retirar mais de 500 mil residentes no Texas e Louisiana. Furacão desceu para a categoria 2, mas continua a ser extremamente perigoso.
O furacão Laura, que atingiu na madrugada desta quinta-feira a costa do estado norte-americano do Luisiana, com ventos extremos e chuvas intensas que já provocaram inundações nalgumas zonas, diminuiu de intensidade e desceu da categoria 4 na escala Saffir-Simpson (que mede a intensidade das tempestades) para a categoria 2, revelou o Centro Nacional de Furacões (NHC na sigla em inglês) dos Estados Unidos.
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O furacão Laura, que atingiu na madrugada desta quinta-feira a costa do estado norte-americano do Luisiana, com ventos extremos e chuvas intensas que já provocaram inundações nalgumas zonas, diminuiu de intensidade e desceu da categoria 4 na escala Saffir-Simpson (que mede a intensidade das tempestades) para a categoria 2, revelou o Centro Nacional de Furacões (NHC na sigla em inglês) dos Estados Unidos.
Embora tenha enfraquecido à medida que avança para o interior, os especialistas do NHC sublinham, segundo a agência Lusa, que o furacão continua a ser extremamente perigoso e que estão previstos ventos fortes de até 175 quilómetros por hora.
A tempestade atingiu, pouco depois da meia-noite (6h em Lisboa), a costa perto da cidade de Cameron, no Luisiana, junto à fronteira com o Texas, com ventos máximos sustentados de 240 quilómetros por hora.
As autoridades temiam, citadas pela BBC, que o furacão provocasse uma tempestade “catastrófica” à medida que se desloca para o interior e apelaram aos residentes na costa do Texas e do Luisiana para saírem das suas casas. Porém, muitos não acataram as ordens, de acordo com o Guardian, que lembra que a área foi atingida pelo furacão Rita em 2005. De acordo com as autoridades locais, pelo menos 150 pessoas rejeitaram os apelos para retirar na região de Cameron e pretendem enfrentar a tempestade nas suas casas ou até mesmo em caravanas.
Segundo agências internacionais, citadas pela Lusa, algumas pessoas que permaneceram na área da cidade de Lake Charles, no Luisiana, pediram, entretanto, auxílio, mas as equipas de busca e resgate só poderão prestar ajuda e avaliar os danos provocados quando as condições meteorológicas melhorarem, uma vez que estão várias estradas bloqueadas e muitas áreas inundadas.
O NHC alertou os residentes que permanecem na rota do furacão que se protejam num “quarto interior, longe de janelas” ou que se coloquem “debaixo de uma mesa ou de outra peça de mobília resistente” e que usem “colchões, cobertores ou almofadas para cobrir a cabeça e o corpo”.
Segundo informação disponibilizada pelo site PowerOutage, citada pela BBC, quase 270 mil casas no Luisiana terão ficado sem electricidade na madrugada desta quinta-feira e mais de 65 mil casas sofreram cortes de energia no Texas.
Os governadores do Texas, Greg Abbott, e do Luisiana, John Bel Edwards, temem que a população não abandone a área, embora as autoridades tenham ordenado que mais de 580 mil pessoas se retirassem de suas casas em ambos os estados norte-americanos — uma operação dificultada pela pandemia de covid-19. O Presidente norte-americano, Donald Trump, publicou também uma mensagem no Twitter onde apela aos residentes das zonas costeiras que sigam os conselhos das autoridades.
Formado ao largo do Golfo do México e da costa de Cuba, o Furacão Laura provocou já pelo menos 21 mortos no Haiti e quatro na República Dominicana. O ciclone Marco chegou também ao Luisiana na segunda-feira, trazendo consigo ventos fortes e chuvas intensas, e as autoridades temiam que ambas as tempestades atingissem o estado norte-americano quase em simultâneo e ganhassem força. No entanto, o ciclone Marco diminuiu de intensidade, sendo agora considerado uma tempestade tropical.