Filme de animação de Alexandra Ramires na competição do Festival de Toronto
Elo é o primeiro filme da realizadora em nome própria e conta com a participação, no argumento, da escritora Regina Guimarães.
O filme de animação Elo, da portuguesa Alexandra Ramires, foi seleccionado para o Festival de Cinema de Toronto, revelou a Agência da Curta-Metragem. Será a única produção nacional no programa competitivo de curtas-metragens do festival canadiano, que decorre de 10 a 20 de Setembro.
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O filme de animação Elo, da portuguesa Alexandra Ramires, foi seleccionado para o Festival de Cinema de Toronto, revelou a Agência da Curta-Metragem. Será a única produção nacional no programa competitivo de curtas-metragens do festival canadiano, que decorre de 10 a 20 de Setembro.
Animação a grafite em papel, sem diálogos, Elo, que tem argumento da própria Alexandra Ramires e da escritora Regina Guimarães, é o primeiro filme da realizadora em nome próprio, depois de ter co-assinado (sob o pseudónimo Xá) a curta-metragem Água mole, com Laura Gonçalves, que somou já 19 distinções internacionais.
O Festival Internacional de Cinema de Toronto (TIFF), co-dirigido pela programadora portuguesa Joana Vicente, decorrerá este ano com uma programação reduzida por causa da covid-19 e virada sobretudo para o digital, embora com alguns eventos presenciais de lotação limitada.
A 49.ª edição do festival contará ainda com uma co-produção portuguesa, o filme palestiniano Gaza, mon amour, dos irmãos Tarzan Nasser e Arab Nasser, da Ukbar Filmes, tal como anunciado no final de Julho.
A longa-metragem de ficção, que se estreará no Festival de Veneza antes de chegar a Toronto, foi parcialmente rodada no Algarve e inspira-se numa história verídica ocorrida em Gaza, em 2014, quando um pescador encontrou uma estátua de Apolo no mar.
O TIFF abrirá com David Byrne's American Utopia, de Spike Lee, a lançar pela HBO, que regista em filme o espectáculo homónimo do músico dos Talking Heads. Outros destaques da próxima edição são a inclusão de One Night in Miami, a estreia na realização da actriz Regina King com um filme sobre o pugilista Muhammad Ali (que também passará em Veneza, fora de concurso), Quo Vadis, Aida, de Jasmila Zbanic, e A Suitable Boy, de Mira Nair, escolhido para encerrar o festival.
Foi ainda seleccionado Casa de Antiguidades, do brasileiro João Paulo Miranda Maria.
O compositor norte-americano Terence Blanchard, nomeado para o Óscar e seis vezes vencedor de Grammys, será distinguido este ano com o prémio Variety Artisan, para a área do entretenimento. A atribuição decorrerá cerca de uma semana depois de receber o prémio Campari Passion, do Festival de Veneza, que se realiza de 2 a 12 do próximo mês.
Em tempos de pandemia, cujos efeitos afectaram o calendário dos festivais de cinema e toda a indústria cinematográfica, o TIFF juntou-se a outros eventos de Outono, nomeadamente os festivais de Veneza (Itália), Telluride e Nova Iorque, num esforço colaborativo para a estreia conjunta do filme Nomadland, de Chloe Zhao.