Califórnia pede ajuda para lutar contra incêndios que ameaçam cidades
Tempestades de raios secas estão a ser o motor de grandes incêndios que estão já entre os maiores da história desde estado da costa Oeste dos EUA.
Duas dezenas de enormes incêndios florestais consumiam grandes áreas da Califórnia neste sábado, alimentados pelas altas temperaturas e por tempestades de raios. Já morreram seis pessoas e perto de 700 edifícios arderam, desde o início de uma tempestade eléctrica na semana passada, o incêndio atingiu uma área e cerca de 405 mil hectares.
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Duas dezenas de enormes incêndios florestais consumiam grandes áreas da Califórnia neste sábado, alimentados pelas altas temperaturas e por tempestades de raios. Já morreram seis pessoas e perto de 700 edifícios arderam, desde o início de uma tempestade eléctrica na semana passada, o incêndio atingiu uma área e cerca de 405 mil hectares.
Os incêndios florestais estão a ameaçar algumas zonas da Baía de São Francisco, a região florestal perto da Universidade da Califórnia em Santa Cruz e uma vasta área entre a cidade de São Francisco e a capital estadual, Sacramento.
Cerca de 14 mil bombeiros estão a combater as chamas mas está a ser difícil conter a progressão dos maiores incêndios, que duplicaram de dimensão na sexta-feira. O governador Gavin Newsom apelou às populações em risco para saírem das suas residências, porque estes incêndios estão entre os maiores da história da Califórnia - pelo menos 175 mil pessoas fizeram-no. Pediu também ajuda a outros estados norte-americanos.
As tempestades secas com raios estão a ser devastadoras: o Departamento de Florestas de Protecção contra Incêndios (CalFire) tem registos de perto de 12 mil descargas que atinjam terra. São as piores das últimas duas décadas.
Há múltiplos apelos a que seja enviada por Washington a Guarda Nacional, uma força reservista, para ajudar a combater esta frente de incêndios.
Além disso, a pandemia do novo coronavírus, que está longe de estar controlada na Califórnia - ou nos Estados Unidos, como um todo - pode agravar-se ainda mais com o fumo e as partículas em suspensão na atmosfera. É já um facto assente que a má qualidade do ar e a poluição facilita a infecção e abre portas a uma resposta inflamatória mais severa, a que o doente tem mais dificuldade em sobreviver.
Além disso, espera-se a continuação deste tempo de tempestades eléctricas - o que faz continuar o risco de incêndio.