Covid-19: Airbnb proíbe festas em todos os alojamentos da plataforma

Em nome da “saúde pública” e das “viagens responsáveis” entram em vigor novas regras ainda menos festivas. A falta de bares e discotecas, admite a Airbnb, “levou muitas pessoas a deslocar estas actividades para casas”. “Não queremos esse tipo de negócio”, garantem.

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DADO RUVIC/REUTERS

As festas “não autorizadas” foram “sempre proibidas” nos alojamentos constantes na plataforma Airbnb. Mas agora, em tempo de pandemia, a empresa lançou uma “proibição global”, depois de já ter feito restrições semelhantes em alguns mercados e ter mesmo interditado as reservas a menores de 25 anos em países como o Reino Unido, França e Espanha. 

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As festas “não autorizadas” foram “sempre proibidas” nos alojamentos constantes na plataforma Airbnb. Mas agora, em tempo de pandemia, a empresa lançou uma “proibição global”, depois de já ter feito restrições semelhantes em alguns mercados e ter mesmo interditado as reservas a menores de 25 anos em países como o Reino Unido, França e Espanha. 

“As festas são proibidas em alojamentos em todo o mundo para todas as futuras reservas”, informa a plataforma em comunicado, incluindo-se na definição de “festas” quaisquer “eventos”. E mais: "Não podem ser alojadas mais de 16 pessoas ao mesmo tempo em qualquer alojamento.”

Estas medidas “procuram promover a saúde pública e as viagens responsáveis, apoiando medidas de saúde de distanciamento social”, indica a empresa.

A proibição “permanecerá em vigor indefinidamente até nova determinação”, sublinham, indicando, porém, que actualmente “73% dos alojamentos anunciados em todo o mundo já proíbem festas” nas suas “Regras da Casa”.

“Tradicionalmente, era permitido aos anfitriões, de acordo com o seu próprio critério, autorizar pequenas festas (de aniversário, por exemplo) se estas fossem apropriadas para a sua casa e bairro”, explicam. Mas em 2019, depois de uma série de crimes constatados em alojamentos reservados na plataforma – incluindo uma "reunião familiar” nos EUA que terminou com tiros, feridos e cinco mortos –, a Airbnb anunciou ir rever todos os anúncios (mais de sete milhões) e pôs em prática regras mais duras. 

Com a chegada da pandemia, a plataforma viu-se sob fogo cruzado e tem vindo a rever as suas políticas de reservas, começando também a preocupar-se mais com os vizinhos das casas Airbnb e não só com os proprietários: por exemplo, lançou uma linha de atendimento permanente, 24 horas por dia, de “apoio ao bairro” nos EUA e Canadá, que “permite a comunicação directa com os vizinhos” e que, indicam, “está planeada para ser alargada a todo o mundo”.

A “ferramenta” surge “em paralelo com novas iniciativas para prevenir festas não autorizadas, tais como a revisão de reservas de alto risco e restrições na reserva de alojamentos completos na sua área local para hóspedes com menos de 25 anos de idade sem um historial de avaliações positivas”.

Já após a declaração de pandemia, a Airbnb tinha removido o “filtro de pesquisa Eventos Permitidos” e “a categoria Eventos e Festas permitidos das Regras da Casa dos espaços que permitiam eventos”.

Embora não adiantando números, a empresa interliga o presumível aumento de festas e eventos em casas Airbnb com “a actividade de bares, clubes e discotecas” ter sido “regulamentada” para medidas contra a covid-19, “o que levou muitas pessoas a deslocar estas actividades para casas, por vezes alugadas através da plataforma”, admite-se.

Um comportamento “extremamente irresponsável”, diz a empresa, que garante: “Não queremos esse tipo de negócio, nem os que lhe estão relacionados, na sua plataforma”.