Apple atinge valorização de dois biliões de dólares em bolsa

Em 24 meses, a empresa acumulou mais um bilião de dólares (um milhão de milhões de dólares). É a primeira empresa americana a ultrapassar esta fasquia.

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Tim Cook, o presidente executivo da Apple Reuters/Eduardo Munoz

Dois anos depois de a Apple atingir uma valorização em bolsa de um bilião de dólares (ou seja, um milhão de milhões de dólares), a empresa norte-americana duplicou o valor e atingiu os dois biliões de dólares. A fabricante do iPhone é a primeira empresa dos EUA e a segunda empresa no mundo a alcançar o marco (a primeira foi a petrolífera Saudi Aramco​, em Dezembro)

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Dois anos depois de a Apple atingir uma valorização em bolsa de um bilião de dólares (ou seja, um milhão de milhões de dólares), a empresa norte-americana duplicou o valor e atingiu os dois biliões de dólares. A fabricante do iPhone é a primeira empresa dos EUA e a segunda empresa no mundo a alcançar o marco (a primeira foi a petrolífera Saudi Aramco​, em Dezembro)

Mesmo com a pandemia — que obrigou várias lojas da marca a ficarem fechadas durante meses — as acções da Apple aumentaram mais de 50% do último ano. É algo que surpreendeu a própria empresa que em Fevereiro disse estar à espera de receitas mais humildes do que o previsto. Em causa, estava o impacto da pandemia de covid-19 na China, onde são produzidos e montados muitos dos componentes do iPhone. Em Abril, porém, a empresa alertou que tinha conseguido recuperar o ritmo de produção normal.

O facto de a empresa ter juntado mais um bilião de dólares desde 2018, numa altura em que o mercado dos smartphones está a ficar saturado, mostra o investimento da empresa em áreas além do smartphone. Um dos focos são os wearables (pequenos aparelhos com que nos podemos equipar), com a Apple a ocupar mais de 36% do mercado de relógios inteligentes de acordo com dados da analista de mercado Canalys.

A empresa também tem investido bastante no desenvolvimento de negócios por subscrição. Em 2019, por exemplo, a empresa apresentou uma plataforma para ver filmes, séries e documentários online (Apple TV+), outra de videojogos (Apple Arcade), e uma de assinatura de revistas e jornais (Apple News +)

Embora seja conhecida pelo iPhone, o primeiro smartphone moderno com um ecrã a ocupar grande parte do aparelho, a empresa tem conseguido manter uma tradição de inovação desde a década de 1990 em que esteve perto da falência.

Em 1997 foram os coloridos computadores iMac, em 2001 vieram os iPods (os leitores de música da Apple, numa altura em que os telemóveis não tinham essa tarefa), e em 2003 a loja de música iTunes que mudou a indústria musical ao permitir comprar canções individualmente, algo inédito para a época.

Ainda assim, em 2020, a Apple não está imune a controvérsias. Em Julho, o Congresso norte-americano acusou a Apple de ter demasiado poder durante uma audiência em que o presidente executivo Tim Cook foi questionado sobre a forma como a empresa utiliza os dados que tem. A Amazon, Facebook e Alphabet (dona da Google) também participaram na audiência. 

Somam-se dificuldades na China depois de a Apple remover 47 mil aplicações da versão chinesa da App Store que ainda não tinham o selo de aprovação de Pequim. Até então, a empresa aproveitava-se de uma lacuna que permitia que jogos e aplicações fossem vendidos enquanto estavam a ser avaliados pelo governo do país.