Responsável de saúde pública em Reguengos não visitou o lar por pertencer a “grupo de risco”

Delegado de saúde foi contratado por mais quatro meses para acompanhar o combate à pandemia de covid-19 e não foi ao lar por pertencer a “grupo de risco”. Médico explica que nada nas orientações da Direcção-Geral da Saúde o obrigava a ir ao local.

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LUSA/NUNO VEIGA

O surto de covid-19 no lar de Reguengos de Monsaraz, que provocou a morte de 18 pessoas, expôs a falta de recursos humanos adequados para lidar no local com uma situação desta gravidade. Um exemplo paradigmático: o delegado de saúde pública local, um clínico de 70 anos que foi contratado por quatro meses no âmbito das medidas de carácter excepcional de combate à pandemia decretadas pelo Governo, não visitou o lar de idosos de Reguengos de Monsaraz por pertencer a “grupo de risco” devido à sua idade avançada, revela o relatório da auditoria que a Ordem dos Médicos fez na instituição. Mas este é apenas um dos muitos problemas enumerados no documento.

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O surto de covid-19 no lar de Reguengos de Monsaraz, que provocou a morte de 18 pessoas, expôs a falta de recursos humanos adequados para lidar no local com uma situação desta gravidade. Um exemplo paradigmático: o delegado de saúde pública local, um clínico de 70 anos que foi contratado por quatro meses no âmbito das medidas de carácter excepcional de combate à pandemia decretadas pelo Governo, não visitou o lar de idosos de Reguengos de Monsaraz por pertencer a “grupo de risco” devido à sua idade avançada, revela o relatório da auditoria que a Ordem dos Médicos fez na instituição. Mas este é apenas um dos muitos problemas enumerados no documento.