Portugal vai ter direito a receber 6,9 milhões de doses de vacina contra a covid-19
Quota de Portugal no processo de aquisição conjunta de 300 milhões de doses de vacina é de 6,9 milhões. Primeira remessa, de cerca de 690 mil, poderá ser distribuída a partir de Dezembro, se no final dos ensaios clínicos ainda em curso a vacina se revelar eficaz.
Portugal vai ter direito a receber 6,9 milhões de doses de vacinas para a covid-19, no âmbito do processo de aquisição em conjunto pelos países da União Europeia, e a primeira remessa poderá ser distribuída já a partir de Dezembro, adianta o Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde).
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Portugal vai ter direito a receber 6,9 milhões de doses de vacinas para a covid-19, no âmbito do processo de aquisição em conjunto pelos países da União Europeia, e a primeira remessa poderá ser distribuída já a partir de Dezembro, adianta o Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde).
O Infarmed confirmou a notícia nesta quarta-feira avançada pela TSF, que revelou que Portugal terá direito a receber um total de 6,9 milhões de vacinas. Esta é a quota a que Portugal tem direito no âmbito do processo de aquisição conjunta de um lote de 300 milhões de doses já reservado pela União Europeia (UE) à farmacêutica AstraZeneca que está a desenvolver uma vacina em conjunto com a Universidade de Oxford. Mas ainda é preciso perceber se a vacina, depois dos ensaios clínicos em curso, será eficaz contra o novo coronavírus.
“Portugal é um dos países europeus que irão beneficiar desta aquisição conjunta”, mas estão em curso “outros processos de negociação para a aquisição de vacinas para a covid-19”, sublinhou o Infarmed em resposta enviada ao PÚBLICO.
“Com esta adesão, e uma vez que as vacinas serão distribuídas proporcionalmente, conforme o número de habitantes por país, Portugal receberá um total de 6,9 milhões de vacinas, distribuídas a partir de Dezembro, com uma primeira aquisição de cerca de 690 mil”, especifica o Infarmed. Ainda com os preços em negociação, as vacinas vão ser compradas pelos países da UE, mas “parte do valor” será financiado “pelo Instrumento de Apoio de Emergência da Comissão Europeia”.
A Comissão Europeia tinha anunciado na sexta-feira, 14 de Agosto, que chegou a um acordo prévio com a farmacêutica para a aquisição de, pelo menos, 300 milhões de doses de uma potencial vacina, no caso de esta, no final dos ensaios clínicos ainda em curso, se revelar eficaz contra o novo coronavírus. A candidata a vacina da Universidade de Oxford e da farmacêutica encontra-se na fase 3 de ensaios clínicos, a etapa anterior ao lançamento no mercado, que avançará se os resultados forem positivos.
Este é o quarto anúncio feito por Bruxelas sobre acordos com empresas do sector farmacêutico para potenciais tratamentos ou vacinas para o novo coronavírus, que surge após negociações concluídas com a Sanofi-GSK, a 31 de Julho, e a Johnson & Johnson, a 13 de Agosto, e da assinatura, em 14 de Agosto, de um acordo prévio de aquisição com a AstraZeneca.
A Comissão Europeia anunciou entretanto esta quinta-feira de mais um acordo prévio de aquisição com a farmacêutica alemã CureVac, este para assegurar 225 milhões de doses de uma potencial vacina.
“Prevê-se que a Comissão disponha de um quadro contratual para a compra inicial de 225 milhões de doses em nome de todos os Estados-membros da UE, a fornecer logo que uma vacina se tenha revelado segura e eficaz contra a covid-19”, informa o executivo comunitário em comunicado esta quinta-feira divulgado. “O contrato previsto com a CureVac proporcionaria a todos os Estados-membros da UE a possibilidade de adquirirem a vacina, bem como de fazer doações aos países de baixo e médio rendimento ou de a redireccionar para países europeus”.
Correcção: o acordo prévio com a AstraZeneca não é o primeiro , mas sim o quarto que a Comissão Europeia já firmou com farmacêuticas para aquisição conjunta de vacinas contra o novo coronavírus