O Sabotage fecha portas e faz soar o alarme num underground preso por fios
Ao fim de sete anos de actividade, o clube do Cais do Sodré despediu-se com a promessa de um regresso em local e data a definir. A pandemia precipitou o fim anunciado em 2019 e poderá fazer mais estragos num circuito a aguentar-se com algumas acções de solidariedade levadas a cabo pelo sector e anónimos).
Quando, no ano passado, se anunciava a possibilidade de um fim prematuro para o Sabotage, um dos pilares do underground lisboeta, os motivos eram diferentes dos que agora existem. Dar continuidade a um projecto que vive para dar espaço a um circuito que não é para massas, sem grande margem para o lucro, tornava-se incompatível com os planos de alguns senhorios que se agarraram ao turismo como alternativa para garantirem negócios financeiramente mais apelativos. Mudar para outro local estaria dependente de outros factores — a incapacidade de acompanhar a inflação das rendas em Lisboa colocara este clube de música estabelecido há sete anos no Cais do Sodré em sobressalto.
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Quando, no ano passado, se anunciava a possibilidade de um fim prematuro para o Sabotage, um dos pilares do underground lisboeta, os motivos eram diferentes dos que agora existem. Dar continuidade a um projecto que vive para dar espaço a um circuito que não é para massas, sem grande margem para o lucro, tornava-se incompatível com os planos de alguns senhorios que se agarraram ao turismo como alternativa para garantirem negócios financeiramente mais apelativos. Mudar para outro local estaria dependente de outros factores — a incapacidade de acompanhar a inflação das rendas em Lisboa colocara este clube de música estabelecido há sete anos no Cais do Sodré em sobressalto.