A RevArt criou um crowdfunding para ser “a maior plataforma de arte em Portugal”
Startup que quer ajudar os artistas com “a promoção, valorização e venda” do seu trabalho tem a assinatura de Alex Dipalo e Gianvito Montrone, dois amigos italianos. Dipalo, em Lisboa desde Outubro de 2019, diz que esta campanha para angariar fundos surge num momento especialmente urgente, em que muitos criadores ficaram “sem chão”.
Alex Dipalo não consegue sentir o cheiro de uma lata de tinta em spray sem pensar nas horas que, em adolescente, passou a admirar os murais de Bari, cidade do sul da Itália onde nasceu e viveu a sua infância. Em solo lisboeta desde Outubro do ano passado, o jovem empreendedor de 25 anos sempre gostou de pintura e de a discutir com o amigo Gianvito Montrone, com quem criou, no final de Março, a startup RevArt. Uma espécie de galeria digital que, conta por telefone o co-autor ao PÚBLICO, quer “dar espaço e voz” a artistas em busca de um salto na carreira, “apoiando uma comunidade de criadores” que tem tido de recorrer a um rigoroso malabarismo financeiro desde a pandemia. A campanha de crowdfunding que os responsáveis pela iniciativa lançaram esta segunda-feira surge para acelerar o crescimento desta que quer ser “a maior plataforma de arte em Portugal”.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Alex Dipalo não consegue sentir o cheiro de uma lata de tinta em spray sem pensar nas horas que, em adolescente, passou a admirar os murais de Bari, cidade do sul da Itália onde nasceu e viveu a sua infância. Em solo lisboeta desde Outubro do ano passado, o jovem empreendedor de 25 anos sempre gostou de pintura e de a discutir com o amigo Gianvito Montrone, com quem criou, no final de Março, a startup RevArt. Uma espécie de galeria digital que, conta por telefone o co-autor ao PÚBLICO, quer “dar espaço e voz” a artistas em busca de um salto na carreira, “apoiando uma comunidade de criadores” que tem tido de recorrer a um rigoroso malabarismo financeiro desde a pandemia. A campanha de crowdfunding que os responsáveis pela iniciativa lançaram esta segunda-feira surge para acelerar o crescimento desta que quer ser “a maior plataforma de arte em Portugal”.
O que não quer dizer que o projecto não tenha ambições internacionais. Em quase cinco meses, a RevArt, que diz ter capacidade para ajudar os criadores com “a promoção, valorização e venda do seu trabalho”, não demorou a desenhar um catálogo com cerca de 300 peças, concebidas por 60 artistas. Quase todos são portugueses, mas também já estão representadas nove outras nacionalidades. Defensor das virtudes do networking, Alex Dipalo diz ter uma “visão sem fronteiras”: a mente por detrás da startup quis desenvolver um espaço onde os artistas pudessem “aprender e crescer uns com os outros”, trocando críticas construtivas e ampliando uma rede de contactos que se quer influente num circuito “nem sempre fácil de perfurar”.
Ciente que a plataforma “precisa de um orçamento” para cumprir a sua missão de se afirmar como “a espinha dorsal da comunidade artística em Portugal e no resto do globo”, Dipalo quer, com a campanha de crowdfunding, montada através do site Indiegogo, assegurar um primeiro investimento de 50 mil euros. Sabe que é uma meta “ambiciosa”, sobretudo quando “vem aí uma crise sem precedentes”, mas assinala que este passo é “fulcral” para “segurar” criadores que, graças ao novo coronavírus, ficaram “sem chão” do dia para a noite.
Há, também, benefícios na calha para os apoiantes: quem colaborar com valores a partir de 50 euros pode receber prints de obras no catálogo da RevArt e até mesmo t-shirts. Contribuições mais generosas – a partir de 400€ – valerão “conversas telefónicas de trinta minutos com um dos artistas” representados pela iniciativa. “Também podem receber uma lição de arte se quiserem”, aponta Alex Dipalo.