Covid-19: Governo francês vai impor uso de máscara no local de trabalho
Em todos os locais fechados partilhados será obrigatório, a partir de 1 de Setembro, usar a máscara, para travar a transmissão do novo coronavírus, que disparou nos últimos tempos.
O Governo francês vai tornar obrigatório o uso da máscara em todas as empresas, nos locais fechados e partilhados, disse a ministra do Trabalho, Elisabeth Borne, aos parceiros sociais, devido ao aumento de número de casos de covid-19. Esta medida vai entrar em vigor a 1 de Setembro.
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O Governo francês vai tornar obrigatório o uso da máscara em todas as empresas, nos locais fechados e partilhados, disse a ministra do Trabalho, Elisabeth Borne, aos parceiros sociais, devido ao aumento de número de casos de covid-19. Esta medida vai entrar em vigor a 1 de Setembro.
Só quem trabalhar num gabinete fechado poderá tirar a sua máscara. De resto, tanto trabalhadores em fábricas como escritórios terão de usar sempre a máscara em locais fechados e que sejam partilhados com outras pessoas – “como salas de reunião, corredores, vestiários, open spaces”, precisou a ministra. De resto, mantém-se a recomendação de trabalhar a partir de casa, sempre que tal seja possível.
O uso da máscara é já obrigatório em França nos transportes públicos e na maior parte dos espaços públicos interiores, como lojas e museus e, em algumas cidades, também em zonas exteriores em que se junte muita gente.
Apesar disso, nas últimas semanas o número de infecções pelo novo coronavírus tem estado a subir. Na segunda-feira, houve 493 novos casos – o que foi bastante menos do que os 3000 registados nos dois dias anteriores. Mas as hospitalizações subiram pelo terceiro dia consecutivo. O número de novos casos costuma sempre descer na segunda-feira, porque são feitos menos testes de despistagem no domingo.
A média de sete dias de novas infecções é de 2322, acima da linha limite de 2000 durante quatro dias – que não era detectada desde 20 de Abril, quando França estava sob um dos mais restritos confinamentos para conter o contágio pelo novo coronavírus.
Agora, as autoridades francesas tentam evitar um segundo confinamento, com todas as consequências economicamente danosas. Cerca de um quarto dos surtos de covid-19 em França, neste momento, têm origem nas empresas, diz o Le Monde. Os protocolos em vigor nos locais de trabalho não acautelam suficientemente “os riscos de propagação do novo coronavírus através de aerossóis – as finas gotículas em suspensão no ar expirado pelas pessoas infectadas, muitas vezes sem saberem que têm o vírus, afirmavam cerca de duas dezenas de médicos franceses num artigo publicado na última sexta-feira no jornal Libération.
O total cumulativo de infecções pelo novo coronavírus em França atingiu 219.029.