Arrebita Portugal: festival estreia-se em Portimão com comida de rua servida em lojas
O centro histórico de Portimão é a primeira etapa deste novo festival de gastronomia que quer correr o país. De 21 a 23 de Agosto, há mais de 30 chefs, incluindo com brilho MIchelin como Henrique Sá Pessoa, Tiago Bonito ou Rui Silvestre, a servir comida de rua em sapatarias, boutiques, cabeleireiros, floristas...
As portas vão reabrir das 19h às 23h30, de sexta a domingo, mas a Sapataria Bruna e a Roupa Benedita não vão vender as últimas modas, nos cabeleireiros Victor Picardo e Bella Studio não se comporão penteados e os colares e os bouquets vão ficar arrumados no Joalheiro Oliveiras e na Florista Flor Tropical.
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As portas vão reabrir das 19h às 23h30, de sexta a domingo, mas a Sapataria Bruna e a Roupa Benedita não vão vender as últimas modas, nos cabeleireiros Victor Picardo e Bella Studio não se comporão penteados e os colares e os bouquets vão ficar arrumados no Joalheiro Oliveiras e na Florista Flor Tropical.
Ao balcão de 15 lojas das ruas do Comércio e Vasco da Gama, no centro histórico de Portimão, vai antes ser servida a “mais deliciosa e criativa” comida de rua, “utilizando o melhor produto português e, sempre que possível, algarvio”, promete a organização do Arrebita Portugal, uma festa de gastronomia promovida pela Amuse Bouche e que nasce nestes dias de pandemia para “estimular a economia, o comércio e o turismo locais”.
Ao longo do fim-de-semana de 21 a 23 de Agosto vão passar pelo evento 32 chefs portugueses ou a trabalhar em Portugal, desde nomes galardoados com estrelas Michelin, como Henrique Sá Pessoa (Alma), Tiago Bonito (Largo do Paço, na Casa da Calçada, em Amarante) e Rui Silvestre (Vistas, em Vila Nova de Cacela); a jovens promessas como Diogo Noronha, que acaba de se ver obrigado a encerrar definitivamente o restaurante Pesca, no Príncipe Real, devido à pandemia e “às incertezas do futuro próximo”.
Inspirado numa iniciativa semelhante criada em Itália, o objectivo do Arrebita Portugal passa por esquecer as agruras trazidas pelo novo coronavírus por momentos e pôr a “criatividade em movimento”, unindo três das áreas económicas mais afectadas pela pandemia: a restauração, o comércio e o turismo, para “voltar a fazer pulsar o coração da cidade” de Portimão.
A entrada no evento é gratuita, mas o recinto – que integra ainda a Praça da República – será fechado e organizado num circuito de sentido único, de forma a controlar o fluxo de festivaleiros e evitar a aglomeração de pessoas. Os pratos são, por isso, criados num conceito de “pegar e levar”, para degustar já fora do recinto. Os chefs (15 em cada dia do festival) vão criar um prato doce ou salgado, com preços entre 5€ a 8€.
Na ementa, há, por exemplo, kebab de borrego alentejano, confeccionado por Bernardo Agrela, do East Mambo, em Lisboa (5€, presente no festival na sexta e no sábado), nigiri de sardinha, do chef Filipe Rodrigues, da Taberna do Mar, em Lisboa (5€, nos três dias), pipocas de lula e salada de bacon (6€, dias 21 e 22) e gyosas de caldeirada algarvia (7€, dia 23), de Hugo Brito, chef do Boi-Cavalo, em Lisboa, ou abóbora hokkaido, queijo de caju fermentado e molho de abóbora, um prato criado por Francisco Barbosa, do The Elska Kitchen, em Aljezur (6€, domingo).
Para sobremesa, André Lança Cordeiro, do restaurante Essencial (Lisboa), apresenta um mil-folhas com caramelo salgado (7€, domingo), Leonor Godinho, do Musa da Bica (Lisboa), traz uma baklava de amêndoa amarga, iogurte e flor de laranjeira (5€, sexta e sábado); e Pedro Abril, do Chapitô à Mesa (Lisboa), serve bolas de Lisboa (5€, todos os dias).
O festival decorre de sexta a domingo, das 19h às 23h30 (última entrada). Fora do evento, tanto a circulação nas ruas como o horário das lojas aderentes permanece inalterado. O recinto terá uma limitação de “40 pessoas em permanência em cada uma das ruas, exceptuando o staff”, por isso, “a degustação dos pratos deverá ser feita fora do recinto, de forma a permitir que todos os presentes consigam provar os pratos criados pelos chefs”, apela a organização em comunicado.
Os critérios de higiene e segurança são “assegurados por uma comissão de avaliação criada pela Câmara Municipal de Portimão, que integra a Protecção Civil, a Direcção-Geral de Saúde, a Polícia de Segurança Pública e os Bombeiros”, informa-se ainda.
Depois de Portimão, o Arrebita Portugal viajará para Idanha-a-Nova, revela a organização à Fugas, “ainda em formato e datas a divulgar”, devendo decorrer “entre Setembro e Outubro”.
[Notícia actualizada dia 18 de Agosto: número de chefs aumenta para 32, com a confirmação da presença de Filipe Bilro, do restaurante Larau, em Estremoz, no dia 21]