Bastonário acha “estranho e de uma enorme insensibilidade” que ministra não tenha lido relatório da Ordem dos Médicos

Ministra da Segurança Social terá admitido ao Expresso que não leu o relatório sobre o surto de covid-19 no lar de Reguengos de Monsaraz que a Ordem dos Médicos enviou.

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A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho JOÃO RELVAS/LUSA

O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, considerou “estranho” que a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, não tenha lido o relatório sobre o surto de covid-19 no lar de Reguengos de Monsaraz que a Ordem dos Médicos enviou, conforme noticiou este sábado o Expresso.

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O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, considerou “estranho” que a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, não tenha lido o relatório sobre o surto de covid-19 no lar de Reguengos de Monsaraz que a Ordem dos Médicos enviou, conforme noticiou este sábado o Expresso.

“É no mínimo estranho e de uma enorme insensibilidade a ministra não ter perdido 15 ou 20 minutos para ler a auditoria que a Ordem dos Médicos fez. Competia-lhe ler o documento”, afirmou Miguel Guimarães, em declarações à TSF, acrescentando que o relatório seria útil para o Governo averiguar o que falhou naquele lar, onde um surto de covid-19 provocou a morte a 18 pessoas.

Segundo o bastonário da Ordem dos Médicos, a leitura do documento era importante para a ministra “perceber algumas das coisas que estiveram menos bem e actuar em conformidade”.

“É um relatório factual, baseado em testemunhos de várias pessoas que lá trabalharam. O documento não deixa margens para dúvidas relativamente ao incumprimento das regras impostas pela Direcção-Geral da Saúde. São regras básicas como separar os doentes covid e não-covid”, acrescentou.

No sábado à noite, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social emitiu uma nota informativa onde afirma que Ana Mendes Godinho foi “descontextualizada de forma grave” e garante não ter desvalorizado a dimensão dos surtos nos lares de idosos.