Ministério divulga mais orientações para exames nacionais de 2021 seguirem modelo deste ano

Ministério da Educação ainda não fez anúncio oficial, mas tem vindo a dar indicações que apontam para que o modelo dos exames de 2021 mantenha as alterações feitas este ano devido à pandemia.

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Médias subiram a quase todas as disciplinas PAULO PIMENTA

Os exames nacionais do ensino secundário deverão em 2021 repetir a estrutura adoptada este ano com o objectivo de “mitigar” os efeitos da pandemia de covid-19 nos resultados dos alunos.

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Os exames nacionais do ensino secundário deverão em 2021 repetir a estrutura adoptada este ano com o objectivo de “mitigar” os efeitos da pandemia de covid-19 nos resultados dos alunos.

O Ministério da Educação (ME) ainda não fez um anúncio oficial sobre esta mudança, mas tem vindo a dar indicações que apontam nesse sentido. As últimas foram conhecidas, nesta quarta-feira, com a divulgação de um “roteiro” com orientações para a recuperação das aprendizagens que poderão ter ficado perdidas no ano lectivo passado, devido ao encerramento das escolas por mais de dois meses.

O último capítulo deste “roteiro” diz respeito à avaliação externa dos alunos. Escreve-se ali sobre os exames nacionais de 2021 que “cada prova integrará conjuntos de itens que incidem em competências e conhecimentos desenvolvidos e consolidados ao longo do percurso escolar, tendo em conta as circunstâncias particulares de desenvolvimento das aprendizagens em função da evolução da pandemia.”

Esta formulação é em tudo idêntica à utilizada pelo Instituto de Avaliação Educativa (Iave, responsável pela elaboração e classificação dos exames) quando em Maio deu a conhecer que as provas de 2020 seriam compostas por uma componente que contaria obrigatoriamente para a classificação final e por outra, opcional, da qual só seriam contabilizadas as respostas com melhor pontuação.

No final de Julho, o ministério já tinha aberto a porta à manutenção da estrutura adoptada este ano. Fê-lo na carta de solicitação que todos os anos envia ao Iave com indicações sobre a construção das provas de avaliação externa, onde se antecipa que estas podem ser alvo de “eventuais adaptações face ao contexto de pandemia, à semelhança da intervenção feita em 2020”.

Mas, antes de tomar uma decisão, o Iave vai “fazer um estudo rigoroso dos resultados das provas deste ano”, avançou então o seu presidente ao PÚBLICO. Em resultado dessa avaliação serão introduzidos “os ajustamentos técnicos que forem considerados necessários, também de acordo com o contexto”, nos exames nacionais.

Entretanto as notas dos exames foram divulgadas a 3 de Agosto: as médias subiram em quase todas as disciplinas e em muitas este aumento foi igual ou superior a três valores. Por outro lado, ficou-se a saber nesta terça-feira que as notas máximas (19 e 20 valores) praticamente duplicaram face aos exames de 2019.

No “roteiro” publicado nesta quarta-feira, o ME faz saber que tanto as provas de aferição (2.º, 5.º e 8.º ano), como as provas finais do 9.º ano não terão “alterações significativas” em relação a anos anteriores. Em 2020, devido à pandemia, não se realizaram.