Não é possível escutar o relato da auditoria promovida pela Ordem dos Médicos ao lar de Reguengos de Monsaraz onde morreram 17 pessoas (16 idosos e uma funcionária) sem sentir um arrepio na espinha e constatar que aquelas coisas a que os políticos chamam “bem comum” ou “coesão territorial” não passam de propaganda barata. Tal como aconteceu com os fogos de Pedrógão, este é mais um retrato brutal do falhanço do Estado português, do desinteresse pelos mais fracos, da cobardia dos responsáveis locais, da incúria dos responsáveis nacionais, de inimputabilidade política, dos enormes conflitos de interesse que existem nos pequenos municípios. Eis uma nova calamidade pública, que até já passa por nós com um encolher de ombros enfastiado, porque aquilo é lá no fundo do Alentejo e poucos querem saber.
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Não é possível escutar o relato da auditoria promovida pela Ordem dos Médicos ao lar de Reguengos de Monsaraz onde morreram 17 pessoas (16 idosos e uma funcionária) sem sentir um arrepio na espinha e constatar que aquelas coisas a que os políticos chamam “bem comum” ou “coesão territorial” não passam de propaganda barata. Tal como aconteceu com os fogos de Pedrógão, este é mais um retrato brutal do falhanço do Estado português, do desinteresse pelos mais fracos, da cobardia dos responsáveis locais, da incúria dos responsáveis nacionais, de inimputabilidade política, dos enormes conflitos de interesse que existem nos pequenos municípios. Eis uma nova calamidade pública, que até já passa por nós com um encolher de ombros enfastiado, porque aquilo é lá no fundo do Alentejo e poucos querem saber.