Nova Zelândia regista quatro novos casos de covid-19 depois de 102 dias sem infectados

Primeiro caso, um homem de 50 anos, não tinha viajado nos últimos tempos. Maior cidade neozelandesa em confinamento obrigatório pelo menos até sexta-feira.

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Jacinda Ardern disse que ainda não é possível determinar origem dos casos de infecção DAVID ROWLAND/EPA

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, anunciou esta terça-feira que Auckland, a maior cidade do país com 1,5 milhões de habitantes, vai entrar em confinamento obrigatório depois registaram quatro casos de infecção por SARS-Cov-2. Há 102 dias que o país não registava qualquer caso de transmissão local.

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A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, anunciou esta terça-feira que Auckland, a maior cidade do país com 1,5 milhões de habitantes, vai entrar em confinamento obrigatório depois registaram quatro casos de infecção por SARS-Cov-2. Há 102 dias que o país não registava qualquer caso de transmissão local.

“Estamos a pedir aos cidadãos de Auckland para ficarem em casa de modo a parar o contágio”, afirmou Ardern, citada pelo The New Zeland Herald. “Ajam como se tivessem covid-19, como se as pessoas à vossa volta tivessem covid-19”, acrescentou.

De acordo com o mesmo jornal neozelandês, os residentes de Auckland têm ordem para ficar em casa a não ser que tenham trabalhos considerados essenciais. Os serviços públicos, bares, restaurantes e negócios vão ser encerrados. As escolas também deverão ser fechadas, a não ser que tenham crianças cujos pais precisem sair de casa para trabalhar. As farmácias e os supermercados vão continuar abertos.

O confinamento vai ficar em vigor, pelo menos, até sexta-feira, e a cidade está no nível 3 de alerta - o segundo mais elevado numa escala de quatro. O resto do país também está em alerta, em nível 2, e serão impostas algumas medidas. 

Os ajuntamentos de mais de dez pessoas foram proibidos em Auckland. No resto do país, o limite máximo é de 100 pessoas. As autoridades de saúde garantem que o país está preparado para lidar com o surgimento de novos casos de infecção.

“Estávamos a preparar-nos para este momento, e o momento é agora”, disse Ashley Bloomfield, director-geral de Saúde neozelandês, sublinhando que o “sistema de saúde está bem preparado”.

Bloomfield pediu precauções adicionais nos lares de idosos, aconselhando a que as visitas sejam suspensas de imediato. O director-geral de Saúde afirmou ainda que todas as pessoas que apresentem sintomas devem ser testadas e garantiu que o número de testes vai aumentar em todo o país.

O primeiro caso positivo em mais de 100 dias registou-se depois de um homem na casa dos 50 anos ter apresentado sintomas. Realizou o teste na segunda-feira, tendo dado positivo. Nesta terça-feira, o resultado repetiu-se e foram confirmados mais quatro casos na mesma família.

Jacinda Ardern afirmou que “ainda não foi possível determinar a origem dos casos”, uma vez que o homem em causa não viajou recentemente. As autoridades admitiram que o número de infecções pode aumentar nas próximas horas, enquanto a primeira-ministra apelou à união dos neozelandeses. “Enquanto equipa, já passámos por isto. E sabemos que, se tivermos um plano e o seguirmos, podemos ultrapassar situações difíceis e desconhecidas”, afirmou chefe do governo.