Burna Boy, ou a pop de origens africanas a tornar-se global

Há cada vez mais criadores de sucessos pop globais de origem africana. O nigeriano Burna Boy, com novo álbum para lançar esta semana, onde coloca Chris Martin dos Coldplay a cantar sobre colonialismo, reflectindo uma música tão politizada quanto hedonista, é um dos mais conhecidos.

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Burna Boy, o símbolo maior da pop globalizada de origens africanas

Em 2019, a Praia da Rocha, em Portimão, recebeu a primeira edição do Afro Nation, um festival que pretendia exprimir a diversidade da música pop urbana africana. Na altura, Marco Azevedo, um dos organizadores do acontecimento, que tinha os nigerianos Burna Boy, WizKid ou Davido como alguns dos destaques, queixava-se que “os músicos de origem africana, apesar do seu sucesso, não são colocados como cabeças-de-cartaz nos grandes festivais de Verão na Europa porque os organizadores não têm noção do seu impacto público”. O festival constituiu um sucesso – a lotação, para 22 mil pessoas, esgotou em antecipação –, com uma multidão proveniente da Europa, principalmente do Reino Unido, mas passou quase despercebido à globalidade do público e da imprensa portuguesa.

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Em 2019, a Praia da Rocha, em Portimão, recebeu a primeira edição do Afro Nation, um festival que pretendia exprimir a diversidade da música pop urbana africana. Na altura, Marco Azevedo, um dos organizadores do acontecimento, que tinha os nigerianos Burna Boy, WizKid ou Davido como alguns dos destaques, queixava-se que “os músicos de origem africana, apesar do seu sucesso, não são colocados como cabeças-de-cartaz nos grandes festivais de Verão na Europa porque os organizadores não têm noção do seu impacto público”. O festival constituiu um sucesso – a lotação, para 22 mil pessoas, esgotou em antecipação –, com uma multidão proveniente da Europa, principalmente do Reino Unido, mas passou quase despercebido à globalidade do público e da imprensa portuguesa.