Dez séries para ver no Verão
No streaming mas não só, entre estreias e reposições, não faltam recomendações para um tempo bem passado em frente ao ecrã de TV neste Verão. Um guia com dez sugestões de séries para não se perder durante as férias.
O tempo de férias, se for esse o caso, é uma boa altura para pôr séries em dia, algo que é cada vez mais fácil com a proliferação de serviços de streaming (e há um novo a chegar a Portugal a 15 de Setembro, o Disney+). Juntámos dez sugestões para ver durante o Verão, entre Amazon, HBO Portugal, Netflix e até a velhinha RTP Memória, entre drama, comédia e documentário, com novidades, antiguidades e temporadas novas.
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O tempo de férias, se for esse o caso, é uma boa altura para pôr séries em dia, algo que é cada vez mais fácil com a proliferação de serviços de streaming (e há um novo a chegar a Portugal a 15 de Setembro, o Disney+). Juntámos dez sugestões para ver durante o Verão, entre Amazon, HBO Portugal, Netflix e até a velhinha RTP Memória, entre drama, comédia e documentário, com novidades, antiguidades e temporadas novas.
Homecoming T2
Amazon
A primeira época da misteriosa Homecoming, que é baseada no podcast de ficção homónimo, tinha Julia Roberts a ser pela primeira vez protagonista de uma série de televisão. A segunda temporada desta série criada por Eli Horowitz e Micah Bloomberg já não tem nem Julia Roberts nem Sam Esmail, o criador de Mr. Robot e produtor executivo, a realizar todos os episódios. Saiu este ano. A série conta agora com Janelle Monáe, uma pessoa mais conhecida pela música que tem tido boas interpretações no cinema, em filmes como Moonlight, no papel de uma mulher que acorda num barco a remos sem se lembrar de quem é, e Kyle Patrick Alvarez atrás das câmaras. Stephan James mantém-se. Além de Monáe, há também nomes como Joan Cusack, Chris Cooper e Hong Chau.
What We Do In The Shadows T2
FX/HBO Portugal
Não era suposto What We Do In The Shadows, um spin-off do mockumentary de vampiros que Taika Waititi e Jemaine Clement escreveram, realizaram e protagonizaram em 2014, ser tão bom quanto é. Adaptações de filmes em séries não costumam dar bons resultados. Mas esta, criada por Clement, deu. E a segunda temporada desta série cómica altamente inventiva é ainda melhor do que a primeira. Parte disso assenta na escrita, que mantém o tom de extrema parvoíce a lidar com personagens estúpidas e convencidas, e a mostrar o dia-a-dia mundano de um grupo de vampiros a viverem em Staten Island, Nova Iorque, e outra parte no elenco, basicamente perfeito. O britânico Matt Berry, de Garth Marenghi's Darkplace, Snuff Box ou Toast of London, já era uma das pessoas com mais piada no mundo inteiro, mas a série trouxe os focos para nomes como os hilariantes Natasia Demetriou ou Harvey Guillén.
I'll Be Gone in the Dark
HBO Portugal
Quando Michelle McNamara, que investigava e escrevia sobre crimes macabros da vida real, morreu em 2016, deixou por acabar I'll Be Gone in the Dark: One Woman's Obsessive Search for the Golden State Killer, um livro sobre um violador transformado em assassino que aterrorizou a Califórnia entre os anos 1970 e 1980. A obra seria completada pelo viúvo de McNamara, o cómico Patton Oswalt, e publicada postumamente em 2018. Dois meses depois, o assassino, Joseph James DeAngelo, foi identificado, apanhado e preso. Esta série documental da HBO criada pela documentarista Liz Garbus foca-se na pesquisa e o esforço de McNamara para que o caso não fosse esquecido.
Good Girls T3
NBC/Netflix
Christina Hendricks, de Mad Men, Retta, de Parks and Recreation, e Mae Whitman, de Arrested Development e Parenthood, são as protagonistas desta série da NBC que chega a Portugal via Netflix, sobre três mães dos subúrbios que se viram para o mundo do crime por circunstâncias drásticas e se vão enterrando cada vez mais, mudando todas as suas vidas e as daqueles que as rodeiam. Criada por Jenna Bans, a terceira temporada data deste ano e foi encurtada por causa da pandemia, tendo 11 episódios em vez dos 13 habituais.
Never Have I Ever
Netflix
Mindy Kaling co-criou, com Lang Fisher, esta série de adolescentes sobre uma rapariga indiano-americana a crescer na Califórnia e a tentar lidar com a morte do pai. É uma comédia de liceu narrada pelo tenista John McEnroe – a fazer dele próprio – e protagonizada por Maitreyi Ramakrishnan, que faz de Devi, uma adolescente de 15 anos que deixou de conseguir andar após a morte do pai e está a tentar reinventar-se no liceu. Ao contrário de outras criações de Kaling, como The Mindy Project ou Champions, a própria autora, que também foi recentemente responsável por uma adaptação televisiva de Quatro Casamentos e um Funeral, não aparece na série.
Ramy T2
Hulu/HBO Portugal
O cómico Ramy Youssef co-criou e protagoniza esta comédia que está este ano nomeada para três Emmy, dois para o próprio Ramy, como protagonista e realizador de um episódio, e outro para Mahershala Ali, que se juntou à série na segunda temporada, que acabou em Maio. Gira à volta de um jovem muçulmano, também chamado Ramy, a viver em Nova Jérsia e a reconciliar a sua fé com o mundo actual em que vive. O já referido Ali é, nesta leva de episódios, um xeque a quem Ramy vai procurar orientação. Na HBO está disponível um especial de stand-up do cómico, Feelings, datado do ano passado.
Unbreakable Kimmy Schmidt: Kimmy vs. The Reverend
Netflix
Depois de Black Mirror ter feito um episódio interactivo, Unbreakable Kimmy Schmidt, a criação cómica de Tina Fey e Robert Carlock com Ellie Kemper no papel de uma mulher que passou anos sequestrada e foi finalmente libertada, fez o mesmo, isto depois de ter chegado ao fim em 2019. Saído em Maio nos Estados Unidos e em Agosto cá, é um episódio-filme em que o destino de Kimmy Schmidt é decidido pelo espectador. Além de Kemper, Tituss Burgess, Carol Kane ou Jane Karakowski, este episódio especial conta com Daniel Radcliffe no papel de um príncipe.
I May Destroy You
HBO Portugal
Uma das grandes estreias do ano, nunca é demais falar nesta série escrita, protagonizada e ocasionalmente realizada por Michaela Coel, que em 2015 tinha criado Chewing Gum. Baseada na sua própria experiência e trauma de ter sido agredida sexualmente uma noite quando estava a trabalhar em Chewing Gum, lida com a forma como Arabella (a própria criadora) vê a sua vida ser mudada por um crime sexual do qual nem sequer se lembra bem, e lança questões importantes sobre o consentimento. Com uma banda sonora impecável, e um tom que deixa muito espaço para comédia no meio deste tema sério, são 12 episódios que confirmam Coel como um dos maiores talentos televisivos da actualidade.
Jeffrey Epstein: Filthy Rich
Netflix
A saga de Jeffrey Epstein, o multimilionário com um historial de tráfico de menores e abusos sexuais que foi detido no ano passado e alegadamente se suicidou na prisão, é o foco deste documentário realizado por Lisa Bryant, baseado num livro do escritor de policiais James Patterson saído em 2016. Falando com várias das vítimas de Epstein e Ghislaine Maxwell, como Virginia Giuffre ou Maria Farmer, traça um perfil da forma como o poder e o dinheiro do criminoso serviram para encobrir os actos que criaram o maior escândalo de pedofilia dos últimos anos.
Columbo
RTP Memória
Às noites de semana, pelas 21h, a RTP Memória voltou a passar o clássico Columbo, a série de detectives criada por Richard Levinson e William Link e protagonizada por Peter Falk. Em cada episódio, alguns realizados por nomes que vão de Steven Spielberg a Jonathan Demme, passando por Nicholas Colasanto, o também actor que fazia de Coach em Cheers, Aquele Bar, vemos um assassino a cometer o seu crime e depois Columbo, um detective de homicídios da polícia de Los Angeles, a tentar resolvê-lo. Nunca é um mistério, o espectador sabe sempre quem, como e por que é que matou. Infelizmente, só passa na televisão propriamente dita, e não está disponível na plataforma de streaming da RTP, a RTP Play.