Movimento Académicas. alerta Marcelo para dificuldades do ensino superior
Movimento composto pelas associações académicas de sete universidades apela ao Presidente da República para que coloque o ensino superior na agenda “para que o futuro de Portugal não esteja comprometido”.
O movimento associativo Académicas., composto pelas associações académicas de sete universidades, alertou na segunda-feira o Presidente da República para as dificuldades financeiras dos estudantes em pagarem os seus cursos e defendeu o investimento no ensino superior.
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O movimento associativo Académicas., composto pelas associações académicas de sete universidades, alertou na segunda-feira o Presidente da República para as dificuldades financeiras dos estudantes em pagarem os seus cursos e defendeu o investimento no ensino superior.
Em comunicado divulgado esta terça-feira, o Académicas. considera que “a aposta no ensino superior é fundamental para o sucesso do país e que grande parte da resposta está nas universidades descentralizadas”, defendendo a aplicação de uma parte significativa dos fundos de resposta à crise no ensino superior.
“Não sendo Portugal um país geograficamente extenso, vive, ainda assim, muitas assimetrias” referem as associações de estudantes das Universidades de Aveiro, Algarve, Beira Interior, Coimbra, Évora, Minho e Trás-os-Montes e Alto Douro, defendendo que uma parte significativa da aplicação dos fundos de resposta à crise deve apoiar o ensino superior, de forma a potenciar a descentralização e fortalecer um território mais capaz no seu todo.
O movimento apelou a Marcelo Rebelo de Sousa para que coloque o ensino superior na agenda “para que o futuro de Portugal não esteja comprometido”. De entre os vários temas discutidos no encontro, o comunicado destaca a necessidade de directrizes por parte da Direcção-Geral de Saúde para o bom funcionamento do próximo ano lectivo nas universidades e a necessidade de investimento no ensino e na educação, “que permitam às universidades reformular as suas infra-estruturas, métodos pedagógicos e evoluir na formação e apoio aos seus docentes”.
A falta de resultados relativamente ao plano de alojamento estudantil, que se agravou na fase pandémica e a necessidade de financiamento dos serviços de acção social das universidades, que incorrem em grandes dívidas, devido aos últimos meses atípicos, foram outros temas abordados, alertando o movimento para que “não sejam os estudantes a ter de suportar estas despesas nos próximos anos”.
“Adivinha-se um próximo ano lectivo difícil para muitos estudantes, que terão grandes dificuldades em assegurar os custos associados e inerentes ao ensino superior e, por isso, o movimento Académicas. apontou também a urgência do reforço de mecanismos de apoio que salvaguardem estas situações, a fim de prevenir o abandono escolar”, conclui o movimento.