Juan Carlos – o rei que soube cativar a Espanha e acabou por ser um problema
Na juventude, viveu as passas do Algarve, educado por velhos conselheiros e militares. Superou as limitações, mudou o regime e acabou, já idoso, por ser um problema. Estranho percurso de quem foi inesperada solução para o fim da última das ditaduras europeias. Análise de Nuno Ribeiro ao percurso de Juan Carlos, o rei emérito que abandonou Espanha devido às repercussões das revelações sobre as suas contas bancárias em paraísos fiscais.
Há uma imagem de Juan Carlos, no Outono de 1947, com dez anos, que parece retirada de um filme do neo-realismo, apesar de ter sido captada pelo câmara do No Do, as actualidades da ditadura franquista. É a sua chegada a Espanha, que pisa pela primeira vez, para ser educado pelo regime numa ignóbil operação política. O regresso da monarquia, quando a vida se cansar de Francisco Franco, não respeitando a ordem natural monárquica, ultrapassando o sucessor dinástico, Don Juan de Borbon, pai de Juan Carlos, no exílio no Estoril.
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Há uma imagem de Juan Carlos, no Outono de 1947, com dez anos, que parece retirada de um filme do neo-realismo, apesar de ter sido captada pelo câmara do No Do, as actualidades da ditadura franquista. É a sua chegada a Espanha, que pisa pela primeira vez, para ser educado pelo regime numa ignóbil operação política. O regresso da monarquia, quando a vida se cansar de Francisco Franco, não respeitando a ordem natural monárquica, ultrapassando o sucessor dinástico, Don Juan de Borbon, pai de Juan Carlos, no exílio no Estoril.