“Preto, vai para a tua terra” pode não chegar para provar que racismo matou Bruno Candé

Como mede a justiça o racismo do suspeito de um crime? Vários juristas ouvidos pelo PÚBLICO dizem que não é fácil concluir se determinado delito foi motivado pelo ódio racial ou por outro factor. São poucas as sentenças conhecidas em que a sentença foi agravada por esta razão.

Fotogaleria

Foram vários os habitantes e comerciantes de Moscavide a ouvir o homem suspeito de ter disparado mortalmente contra Bruno Candé proferir, nos dias anteriores, insultos de teor racista contra o actor: “Preto do caralho, vai para a tua terra!“. Mas aquilo que aos olhos do comum cidadão e também de vários comentadores foi encarado como prova inequívoca de que o homicídio ocorrido há pouco mais de uma semana teve na sua origem o ódio racial pode não levar, necessariamente, à mesma conclusão na justiça.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Foram vários os habitantes e comerciantes de Moscavide a ouvir o homem suspeito de ter disparado mortalmente contra Bruno Candé proferir, nos dias anteriores, insultos de teor racista contra o actor: “Preto do caralho, vai para a tua terra!“. Mas aquilo que aos olhos do comum cidadão e também de vários comentadores foi encarado como prova inequívoca de que o homicídio ocorrido há pouco mais de uma semana teve na sua origem o ódio racial pode não levar, necessariamente, à mesma conclusão na justiça.