O Novo Banco e a notável arte de legalizar o roubo
O golpe de génio da alta finança predatória está em transformar aquilo que antes se chamava “roubo” num conjunto de operações financeiras extremamente opacas e complexas, pejadas de conflitos de interesse e… perfeitamente legais.
Na sequência do óptimo artigo de investigação de Paulo Pena sobre o Novo Banco e o Portfólio Viriato, Amílcar Correia escreveu um editorial que começava assim: “O Novo Banco vendeu mais de 13 mil imóveis a um fundo anónimo sediado nas ilhas Caimão, emprestou dinheiro a quem os comprou, registou prejuízos daquele que foi o maior negócio imobiliário dos últimos anos em Portugal, e ainda recebeu compensação pelas perdas de centenas de milhões através do Fundo de Resolução.” O mais curioso nesta lista de factos é que tudo o que ali está descrito é legal. Rui Rio quer que o Ministério Público investigue, mas não é claro que haja grande coisa para investigar.
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Na sequência do óptimo artigo de investigação de Paulo Pena sobre o Novo Banco e o Portfólio Viriato, Amílcar Correia escreveu um editorial que começava assim: “O Novo Banco vendeu mais de 13 mil imóveis a um fundo anónimo sediado nas ilhas Caimão, emprestou dinheiro a quem os comprou, registou prejuízos daquele que foi o maior negócio imobiliário dos últimos anos em Portugal, e ainda recebeu compensação pelas perdas de centenas de milhões através do Fundo de Resolução.” O mais curioso nesta lista de factos é que tudo o que ali está descrito é legal. Rui Rio quer que o Ministério Público investigue, mas não é claro que haja grande coisa para investigar.