O Douro ataca “a crise com tomates”: o Coração de Boi é um festim em Agosto
Será o Coração de Boi “o melhor tomate de Portugal”? Para o tira-teimas, nada melhor do que pô-lo à prova: há 14 restaurantes da região unidos em homenagem a este fruto especial. Um festim à mesa.
Este seria o ano da 5.ª edição do Concurso Tomate Coração de Boi, certame que se dedica a promover este fruto que por terras do Douro adquire características singulares. Uma “iguaria carnuda, suculenta e de sabor único”, resume a organização do evento, que este ano deixa o concurso de lado mas, ainda assim, nos convida a dar uma volta pelo Verão do Douro e ir parando em algum dos 14 restaurantes de referência da região: ao longo de Agosto, cada um deles irá destacar pratos e criações à volta do divino tomate nas ementas.
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Este seria o ano da 5.ª edição do Concurso Tomate Coração de Boi, certame que se dedica a promover este fruto que por terras do Douro adquire características singulares. Uma “iguaria carnuda, suculenta e de sabor único”, resume a organização do evento, que este ano deixa o concurso de lado mas, ainda assim, nos convida a dar uma volta pelo Verão do Douro e ir parando em algum dos 14 restaurantes de referência da região: ao longo de Agosto, cada um deles irá destacar pratos e criações à volta do divino tomate nas ementas.
É que, se “é certo que, hoje, podemos comer Tomate Coração de Boi no Porto ou em Lisboa”, como se lê na apresentação deste Agosto atomatado, também há que “admitir” que não é a mesma coisa: “No Douro o tomate sabe muito melhor”. E, ao mesmo tempo, prova-se que a região não é só chão que dá uvas, “é um terroir abençoado para a produção de inúmeros frutos”. Como este, “o melhor tomate criado em Portugal”, garantem os promotores, a agência de comunicação Greengrape e o projecto de animação turística alltodouro.com.
Com o “mais diabólico vírus das nossas vidas” a fazer cair por terra o concurso, fica-nos o complemento da restauração que celebra o fruto de grande coração, uma iniciativa que conta com a curadoria do jornalista Edgardo Pacheco, colaborador da Fugas.
O tomate,"criado por inúmeros agricultores do Douro”, que “recuperaram as velhas hortas do Douro”, poderá ser degustado em saladas, sopas ou em pratos especiais, da entrada à sobremesa.
Além disso, “quem vier aos restaurantes aderentes está a contribuir para a revitalização da economia regional em duas áreas fundamentais: agricultura e turismo”, sublinha-se ainda, salientando que este é “também um modo de promover o território, a sua diversidade de produto e originalidade”.
E deixa-se ainda uma garantia: para o ano, não só há “a festa do costume”, como se prometem ainda algumas surpresas. “Enquanto tal não acontece”, rematam em jeito de grito de guerra, “ataquemos a crise com tomates”.
Ataquemos, então, que o mote é bom e esta será, decerto, a mais saborosa das guerras, a julgar pelas propostas avançadas. Entre estas, podem encontrar-se um gaspacho que leva ainda melancia e vieira braseada (no Caisdavilla), umas migas de tomate com ovo (na Taberna do Carró), uma posta de vitela com o tomate à poveira (no Cais da Ferradosa) ou um Tomate Coração de Boi com gelado de ervas (no Aneto& Table).