Lucro da Impresa cai 94,9% no primeiro semestre para 178 mil euros

Receitas do negócio de televisão e de imprensa diminuíram devido à quebra da publicidade por causa da pandemia e apesar do aumento das vendas do Expresso.

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Francisco Pedro Balsemão, CEO da Impresa daniel rocha

O resultado líquido da Impresa caiu 94,9% no primeiro semestre, face a igual período de 2019, para 178,2 mil euros, divulgou hoje a dona da SIC. Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o grupo proprietário da SIC e do Expresso refere que os lucros do semestre atingiram os 200 mil euros, “representando uma diminuição de 3,3 milhões de euros face aos primeiros seis meses do ano passado” - quando registara um resultado líquido de 3,46 milhões de euros.

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O resultado líquido da Impresa caiu 94,9% no primeiro semestre, face a igual período de 2019, para 178,2 mil euros, divulgou hoje a dona da SIC. Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o grupo proprietário da SIC e do Expresso refere que os lucros do semestre atingiram os 200 mil euros, “representando uma diminuição de 3,3 milhões de euros face aos primeiros seis meses do ano passado” - quando registara um resultado líquido de 3,46 milhões de euros.

No período em análise, as receitas caíram 11,8% para 78,3 milhões de euros e o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) recuaram 28,1% para 8,3 milhões de euros. Os custos operacionais diminuíram 9,3% para 70 milhões de euros. As receitas de publicidade caíram 14,5% para 47,4 milhões de euros, as de subscrição de canais recuaram 6% para 16,5 milhões de euros, enquanto as de IVR [chamadas de valor acrescentado] subiram 6,2% para 6,7 milhões de euros, tal como as de circulação, que evoluíram positivamente 2,8% para 4,9 milhões de euros.

“Nos primeiros seis meses de 2020, verificou-se ainda um aumento de 3% no total das vendas de publicações, nas versões em papel e digital”, refere a Impresa, salientando que receitas de publicidade recuaram devido à pandemia de covid-19.

As receitas de televisão caíram 10,7% para 67,2 milhões de euros e as de publishing recuaram 15,4% para 10,2 milhões de euros, no período em análise.

O EBITDA da televisão diminuiu 27,8% para 8,9 milhões de euros e as de publishing registaram uma enorme subida (1430%) para 587 mil euros (no semestre homólogo registou 38 mil euros).

No segmento de publishing, detalhando por fonte, “as receitas de circulação cresceram 2,8% para cinco milhões de euros, destacando-se, pela positiva, os proveitos relativos à subscrição digital do Expresso, os quais aumentaram em 41%, em termos homólogos, representando 23% do total das receitas de circulação”.

A aposta no digital “reflectiu-se no peso do total das receitas de publicidade e circulação, representando actualmente 22% de proveitos da área do publishing”.

As Obrigações SIC 2019-2022, admitidas à negociação em mercado regulamentado (Euronext Lisbon), em 10 de Julho de 2019, terminaram o primeiro semestre “a transaccionar acima do par (102%), tendo oscilado entre os 95% e os 104,99%, durante este período”, refere a Impresa. “O número médio de obrigações transaccionadas em cada sessão do semestre foi de 20.862”, adianta.

“Em cumprimento do plano estratégico para o triénio 2020-2022, a Impresa complementará as suas actuais actividades com o crescimento para novas plataformas, indo ao encontro de mais e novas audiências e aumentando e diversificando o seu portfolio de conteúdos”, refere a Impresa relativamente às perspectivas. Em entrevista ao PÚBLICO em Fevereiro, Francisco Pedro Balsemão, CEO do grupo, adiantava que pretendia lançar um serviço de streaming e um canal de e-sports ainda este ano.

“Consciente dos novos desafios aportados pela covid-19 ao contexto nacional e internacional, a Impresa permanecerá focada na geração de receitas, aumento de eficiência operacional e redução do endividamento líquido tendo em vista a progressão de resultados e o decréscimo do rácio dívida líquida/EBITDA”, salienta.

“Face à incerteza que esta situação ainda regista, a Impresa continuará a implementar procedimentos para proteger a saúde dos seus trabalhadores, a monitorizar as implicações económicas da covid-19, e, em particular, a identificação de potenciais fontes de risco para a actividade das suas subsidiárias”, conclui.

ALU // JNM

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