Primeiros seis meses do ano foram os mais quentes de sempre na Europa
O primeiro semestre de 2020 foi o segundo mais quente do planeta, com uma anomalia da temperatura que se fez sentir especialmente na Europa, Ásia e América do Sul. Em Portugal, os meses de Fevereiro e Maio foram os mais quentes desde 1931.
Os primeiros seis meses deste ano foram os segundos mais quentes do planeta desde que há registo. Estas “anomalias positivas da temperatura do ar”, como as caracteriza o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IMPA) no seu mais recente resumo climático, foram mais significativas na Europa, Ásia e América do Sul. Além disso, entre Janeiro e Junho há um mês que salta à vista quando falamos de temperaturas elevadas: Junho foi considerado o segundo mais quente de sempre na Europa, ainda que existam “diferenças significativas entre as temperaturas que se verificaram nos países do Norte (muito acima dos valores normais) e os países do Sul (próximo ou inferiores ao normal).
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Os primeiros seis meses deste ano foram os segundos mais quentes do planeta desde que há registo. Estas “anomalias positivas da temperatura do ar”, como as caracteriza o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IMPA) no seu mais recente resumo climático, foram mais significativas na Europa, Ásia e América do Sul. Além disso, entre Janeiro e Junho há um mês que salta à vista quando falamos de temperaturas elevadas: Junho foi considerado o segundo mais quente de sempre na Europa, ainda que existam “diferenças significativas entre as temperaturas que se verificaram nos países do Norte (muito acima dos valores normais) e os países do Sul (próximo ou inferiores ao normal).
Segundo o relatório publicado esta terça-feira pelo instituto, a anomalia da temperatura média do ar de foi de mais 1.07 graus Celsius, depois de o primeiro semestre de 2016 ter tido uma anomalia de mais 1.12 °C.
De acordo com os dados do programa Copernicus da União Europeia, na Europa, o primeiro semestre de 2020 foi mesmo o mais quente de sempre, com uma anomalia da temperatura de mais 1.73 °C.
Fevereiro e Maio foram os mais quentes desde 1931
O resumo climático, que analisa também a temperatura em Portugal Continental, diz que os primeiros seis meses foram “muito quentes”, mas também “secos” em território nacional, isto porque o total de precipitação de (341.4 mm) correspondeu a 74 % do valor normal. “O semestre de Janeiro a Junho foi o quarto mais quente desde 1931 (depois de 2017, 1997 e 2011). “O valor médio da temperatura máxima do ar rondou os 19.90 °C, o terceiro mais alto desde 1931”, lê-se no documento.
Diz ainda o IPMA que o valor médio da temperatura média do ar foi 14.44 °C,, mais 1.27 °C acima do valor normal e que o valor médio da temperatura mínima andou à volta dos 8.98 °C, 0.80 °C superior ao valor normal.
Sabe-se também que o mês de Fevereiro foi o mais quente desde 1931: nos dias 23 e 24 foram ultrapassados os maiores valores da temperatura máxima do ar em cerca de 40% das estações meteorológicas da rede IPMA. E o mesmo aconteceu com Maio, que também foi o mais quente desde 1931 (igual a 2011). O IPMA justifica estes valores pela “ocorrência de uma onda de calor, em grande parte do território de Portugal continental, entre 17 e 31 Maio, a qual pode ser considerada como uma das mais longas e com maior extensão territorial para o mês. “Nas estações de Montalegre, Bragança, Vila Real, Benavila, Mértola, Lisboa foi mesmo a onda de calor com maior duração desde 1950”, refere o instituto.
Há ainda a reportar a situação de seca meteorológica nas regiões a sul do Tejo, sendo de realçar as regiões do Baixo Alentejo e Algarve que, ainda assim, tiveram uma diminuição da intensidade a partir de Abril. Até Junho, o valor mais baixo de temperatura mínima foi registado a 6 de Janeiro no Sabugal (-5.6 °C) e o mais alto a 22 de Junho em Alvalade e Portel (41°C). A maior valor da quantidade de precipitação em 24h foi registada a 5 de Abril na Guarda (85.3 mm).