Com o Womex, a “música do mundo” vai aterrar no Porto em 2021
A 27.ª edição dos maiores encontros do sector promete, em Outubro do ano que vem, conferências com “alguns dos maiores pensadores e activistas musicais do globo”, filmes, showcases e cerca de 60 espectáculos de música. Um encontro internacional que quer “reconhecer a diferença e abraçar a diversidade”.
A organização descreve-o como “o mundo feito música”. O Womex, cruzamento de concertos, filmes, palestras, showcases e tudo o que mais cabe na mala, é “o mais internacional dos encontros” da chamada “música do mundo”, e a sua 27.ª edição acontecerá no Porto, entre os dias 27 e 31 de Outubro de 2021. O anúncio foi feito esta terça-feira no pequeno auditório do Teatro Municipal Rivoli, numa conferência de imprensa que reuniu o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, a ministra da Cultura Graça Fonseca, António Miguel Guimarães, director-geral da AMG Music, e Alexander Walter, director da Womex.
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A organização descreve-o como “o mundo feito música”. O Womex, cruzamento de concertos, filmes, palestras, showcases e tudo o que mais cabe na mala, é “o mais internacional dos encontros” da chamada “música do mundo”, e a sua 27.ª edição acontecerá no Porto, entre os dias 27 e 31 de Outubro de 2021. O anúncio foi feito esta terça-feira no pequeno auditório do Teatro Municipal Rivoli, numa conferência de imprensa que reuniu o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, a ministra da Cultura Graça Fonseca, António Miguel Guimarães, director-geral da AMG Music, e Alexander Walter, director da Womex.
Ao longo desses cinco dias, são esperados, entre os mais de 2500 profissionais envolvidos, mais de 260 artistas vindos de todos os continentes, cerca de 520 editoras e distribuidoras, quatro centenas de instituições governamentais e educacionais, oito centenas de agentes, mais de 610 gestores e 300 produtores, a que se juntarão cerca de 1250 empresas vindas de mais de 50 países.
Nascido em 1994 com o objectivo de funcionar como um trampolim para géneros musicais “exteriores aos eixos então dominantes da indústria”, lê-se no caderno informativo fornecido pelos representantes do festival aos jornalistas, o Womex estreou-se em Berlim antes de, qual saltimbanco, percorrer uma série de cidades europeias, de Copenhaga a Bruxelas, de Estocolmo a Roterdão, de Sevilha a Marselha. António Miguel Guimarães conta que já era “antiga” a vontade de trazer a feira ao Porto, cidade que sucederá a Budapeste, que daqui a menos de três meses, entre os dias 21 e 25 de Outubro, acolhe a 26.ª edição do evento.
Ainda não há nomes anunciados, mas a organização promete, “ao longo de cinco dias e cinco noites”, ciclos de conferências com “alguns dos maiores pensadores e activistas musicais do globo”, um festival de cinema em três dos cinco dias do evento e cerca de 60 espectáculos musicais, estes últimos espalhados por oito pólos: Rivoli, Coliseu do Porto, Casa da Música, Hard Club, Cinema Passos Manuel, Teatro Nacional São João, Teatro Sá da Bandeira e “uma tenda montada na Praça D. João I”. Em 26 anos, de resto, já passaram pelos vários palcos do Womex mais de 30 artistas de língua portuguesa, como António Zambujo, Camané, DJ Marfox, Mariza, Sara Tavares ou os Throes + The Shine, por exemplo.
Um dos centros nevrálgicos do evento será o Centro de Congressos da Alfândega do Porto, local que acolherá a feira comercial, onde são aguardados cerca de 2800 delegados e 300 stands.
Ciente de que o novo coronavírus atingiu o tecido artístico do Porto e de Portugal “como uma bomba atómica”, o director-geral da AMG Music, uma das entidades organizadoras daquela que será a 27.ª edição do Womex, espera que, em 2021, a feira internacional possa encontrar um Porto “na reconstrução depois da pandemia” e que os seus participantes possam conhecer a cidade “como ela merece”. “Estamos a atravessar um período político difícil, com muitos nacionalismos e extremismos que impedem o diálogo e a construção de ideias em conjunto”, frisa António Miguel Guimarães. “A música é o oposto disso. É sabermos ouvir e construir, é sabermos respeitar e comunicar. A ‘música do mundo’ é sabermos reconhecer a diferença e abraçar a diversidade.” Em Outubro do ano que vem, se a pandemia deixar, tê-la-emos no nosso quintal. com Lusa