Novo concurso para a qualificação do Rossio, em Aveiro, orçado em quase 12 milhões

As propostas apresentadas ao primeiro concurso acabaram por ser excluídas. No novo procedimento o valor base aumenta 1,9 milhões de euros.

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ADRIANO MIRANDA

O novo concurso público internacional para a requalificação do largo Rossio, em Aveiro, tem um valor base de mais 1,9 milhões de euros do que o anterior. Passa a ser de 11,7 milhões, enquanto o anterior, entretanto anulado, tinha previsto um valor de 9,8 milhões de euros. O aumento fica a dever-se, segundo o líder da autarquia, Ribau Esteves, a algumas alterações técnicas ao projecto e actualizações de preços. A oposição questiona como é que tudo se alterou em apenas seis meses.

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O novo concurso público internacional para a requalificação do largo Rossio, em Aveiro, tem um valor base de mais 1,9 milhões de euros do que o anterior. Passa a ser de 11,7 milhões, enquanto o anterior, entretanto anulado, tinha previsto um valor de 9,8 milhões de euros. O aumento fica a dever-se, segundo o líder da autarquia, Ribau Esteves, a algumas alterações técnicas ao projecto e actualizações de preços. A oposição questiona como é que tudo se alterou em apenas seis meses.

De acordo com as contas apresentadas pelo autarca, em reunião camarária realizada esta segunda-feira, parte do agravamento, mais concretamente 840 mil euros, destina-se a reforçar a “componente arquitectura” – mais concretamente no que toca aos materiais de revestimento da futura praça. A restantes parcelas são relativas a encargos com movimentação de terras e também com obras de estabilidade na estrutura do edifício em cave, com montantes na ordem dos 200 mil e 700 mil euros, respectivamente.

Perante isto, a oposição socialista, que sempre foi contra a construção de um parque de estacionamento subterrâneo, acabou por concluir que “o gabinete projectista fez um mau trabalho”. “Foi em seis meses que tudo se alterou?”, questionou o vereador João Sousa, já depois de o seu colega de partido, Manuel de Sousa, ter insistido na contestação à construção do parque de estacionamento subterrâneo. “É uma péssima ideia e um péssimo processo”, criticou.

A anulação do anterior concurso público, igualmente formalizada na reunião camarária desta segunda-feira, ficou a dever-se à exclusão de todas as propostas que foram apresentadas. O procedimento acabou por ficar ainda marcado pela contestação de um dos concorrentes, alegando dificuldades técnicas em carregar a proposta na plataforma de contratação pública dentro do prazo, mas o júri do concurso acabou por não lhe dar razão.

Movimento questiona necessidade do parque

Presente na reunião camarária, o porta-voz do movimento Juntos pelo Rossio, questionou o presidente da câmara sobre a necessidade de construir um novo parque de estacionamento na cidade quando a pandemia veio provocar uma diminuição da ocupação dos parques já existentes. David Iguaz confrontou ainda Ribau Esteves com aquele que tem sido um dos seus argumentos para defender a realização da obra: o crescimento turístico. O autarca respondeu com a sua perspectiva “moderadamente optimista”, apontando para um novo crescimento turístico a partir do próximo ano.

Depois da votação em sede camarária – com os votos contra dos três vereadores do PS -, o processo segue agora para apreciação e votação na assembleia municipal. A empreitada prevê, além da construção do parque de estacionamento em cave, a requalificação do jardim propriamente dito, bem como a criação de uma Praça de Eventos, numa intervenção que se estende se à Praça General Humberto Delgado.

Avenida entra em obras a 17 de Agosto

Outra das obras de grande envergadura anunciadas para o centro da cidade, a qualificação da Avenida Dr. Lourenço Peixinho, tem já data marcada para o seu início: 17 de Agosto. A calendarização foi anunciada pela autarquia, que voltou a garantir que a empreitada não avançará em toda a avenida em simultâneo, por forma a reduzir o seu impacto.

As duas primeiras partes que vão receber obra em simultâneo “são o troço entre as ‘Pontes’ e o edifício do antigo Banco de Portugal (em toda a sua largura; zona denominada por ‘Avenida-Praça’), e a zona da frente da Estação da CP incluindo o troço final da Rua Comandante Rocha e Cunha (entre a Avenida e o cruzamento com a Rua do Senhor dos Aflitos)”. A restante área da avenida vai ser dividida em seis partes.