Economia alemã sofre pior contracção trimestral em 50 anos

Aviso foi feito hoje pelo Budesbank. Na quinta-feira, serão publicados os números da actividade económica na Alemanha no segundo trimestre e espera-se uma contracção de dois dígitos.

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LUSA/JOHN THYS / POOL

A economia alemã sofreu no segundo trimestre a pior contracção desde que os dados estatísticos trimestrais começaram a ser recolhidos em 1970, devido à pandemia, de acordo com o Bundesbank.

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A economia alemã sofreu no segundo trimestre a pior contracção desde que os dados estatísticos trimestrais começaram a ser recolhidos em 1970, devido à pandemia, de acordo com o Bundesbank.

A contracção da economia alemã foi muito maior no segundo trimestre do que no primeiro (2,2%), acrescenta o banco central alemão no boletim mensal de Julho, publicado nesta segunda-feira. Até agora, a maior queda foi no segundo trimestre de 2009, depois do início da crise financeira, e foi de 7,9%.

Na quinta-feira, serão publicados os números da actividade económica na Alemanha no segundo trimestre e espera-se uma contracção de dois dígitos.

Os economistas do Bundesbank acreditam que a economia alemã atingiu o seu ponto mais baixo em Abril, como já demonstram alguns indicadores económicos conjunturais e outros dados aproximados sobre a forma como a pandemia está a afectar a economia na Alemanha.

O Bundesbank prevê que haverá uma recuperação no segundo semestre do ano com os programas de ajuda a curto prazo, embora desigual entre os vários sectores económicos.

O sector retalhista tem beneficiado do aumento das compras depois de as lojas terem estado fechadas durante vários meses e, por conseguinte, o volume de negócios aumentou acentuadamente já em Maio.

Mas as empresas do sector transformador disseram em Junho que a situação ainda era “má”.

O Bundesbank adverte que o desemprego aumentou acentuadamente na Alemanha apesar dos subsídios de emprego temporários, conhecidos como “Kurzarbeit”. O número de trabalhadores que recebem indemnização por cessação de funções é mais elevado do que nunca e em Abril eram 6,8 milhões de pessoas, 20% dos trabalhadores que pagam contribuições para a Segurança Social, de acordo com o Bundesbank.

No entanto, apesar dos benefícios, o desemprego aumentou acentuadamente na Alemanha, em todos os sectores, excepto na administração pública, nos serviços bancários e de seguros, e na agricultura. A taxa de desemprego na Alemanha subiu para 6,4% em Junho.

Depois de terem caído desde Março, os preços subiram novamente em Junho na Alemanha devido ao aumento dos preços da energia. O Bundesbank prevê um decréscimo da inflação a partir de Julho, devido à descida temporária do IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado).