Covid-19: Portugal com 263 novos casos, quase 70% na região de Lisboa

A região de Lisboa e Vale do Tejo continua a concentrar a maior parte dos novos casos e também a maioria das mortes: três dos quatro novos óbitos aconteceram ali.

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A persistência de casos em Portugal está a ter consequências muito pesadas para a economia, sobretudo para o turismo e o Algarve Rui Gaudêncio

Não sobem muito, mas também não descem. Portugal continua a registar novos casos de covid-19 na ordem das poucas centenas e anseia pelo dia em que o número de mortos descerá aos zero. Ainda não foi hoje. Segundo os últimos dados do boletim da Direcção-Geral da Saúde, há 263 novas infecções pelo novo coronavírus no país e quatro pessoas morreram da doença. A região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser a que acumula mais casos, com 183 novos, 69,6% do total.

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Não sobem muito, mas também não descem. Portugal continua a registar novos casos de covid-19 na ordem das poucas centenas e anseia pelo dia em que o número de mortos descerá aos zero. Ainda não foi hoje. Segundo os últimos dados do boletim da Direcção-Geral da Saúde, há 263 novas infecções pelo novo coronavírus no país e quatro pessoas morreram da doença. A região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser a que acumula mais casos, com 183 novos, 69,6% do total.

É também aí que ocorreram três dos quatro novos óbitos (o outro foi no Alentejo), fazendo subir o número total de vítimas mortais da covid-19 no país para 1716. As vítimas têm todas mais de 70 anos, e só uma tem menos de 80 anos.

Em todo o país, as únicas zonas que continuam a juntar à ausência de novos mortos a inexistência de novos casos são a Madeira e os Açores. Nas restantes regiões, o Alentejo aparece como o que tem menos novas infecções (apenas quatro), seguindo-se o Centro (nove), o Algarve (21) e o Norte (46).

Com um total de 49.955 casos da covid-19 confirmado desde que foram identificados os primeiros infectados no país, a 2 de Março, os últimos dados apontam também para uma diminuição do número de internados. Este sábado eram 410 e nos cuidados intensivos encontravam-se 50 pessoas, o que é o número mais baixo desde 24 de Março.

O outro dado relevante relacionado com a evolução da doença também é positivo — há mais 323 pessoas recuperadas da covid-19.

Tal como tem sido repetidamente explicado desde que a covid-19 começou a alastrar por todo o mundo, a partir da China, a doença é particularmente mortífera para os mais velhos e os dados de Portugal não fogem à regra. Apesar de 40.640 do total dos casos confirmados ocorrer em pessoas até aos 69 anos, tendo sido infectadas apenas 9248 acima desta idade, a verdade é que quase 86,5% dos óbitos ocorreram em pessoas com mais de 70 anos — são 1484 do total de 1716 mortes, e 1153 delas vitimaram pessoas com mais de 80 anos.

O SARS-CoV-2 já infectou mais de 15,7 milhões de pessoas em todo o mundo, provocando a morte a pelo menos 640 mil pessoas, segundo a Johns Hopkins University. Os primeiros casos foram identificados na China ainda em Dezembro de 2019, mas nestes poucos meses, a doença chegou a 210 países e territórios. E ainda há vários deles onde a doença está longe de estar controlada e onde o registo de novos casos diários continua a cifrar-se nos milhares.

Por cá, com a disseminação da doença aparentemente estabilizada, a região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser aquela que continua a registar o maior número de casos. A persistência — ainda que em números relativamente baixos — continua a manter Portugal sob suspeita em vários outros países, que impõem restrições aos movimentos dos seus cidadãos que pretendam viajar para cá. 

Uma realidade que está a contribuir para a crise económica provocada pela pandemia e que se faz sentir de forma particularmente aguda no Algarve, com a quebra abrupta no turismo internacional, sobretudo o britânico, condicionado pelo facto de o Reino Unido continuar a impor quarentena de catorze dias a quem viajar para qualquer ponto do nosso país