Segunda vaga não causará novo fecho de fronteiras na UE – Comissão Europeia

Comissão Europeia prevê que reabertura da Europa ao estrangeiro “demore”. Bruxelas admite tensões entre Estados-membros e exige restrições “adequadas” para viagens na UE. Em entrevista à Lusa, Ylva Johansson também elogia Portugal por regularização de imigrantes na pandemia.

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Ylva Johansson admite "tensões" entre países por causa das restrições às viagens Reuters/YVES HERMAN

A Comissão Europeia confia que uma eventual segunda vaga de covid-19 não causará, novamente, o fecho de fronteiras internas na União Europeia (UE), como aconteceu em 17 Estados-membros, por esta não ser “uma forma eficaz” de combater o vírus.

“Não penso que cheguemos a um tipo de situação em que as restrições nas fronteiras voltarão a ser necessárias ou que essa seja uma forma eficaz de lidar com o vírus”, disse em entrevista à agência Lusa, em Bruxelas, a comissária europeia para os Assuntos Internos, Ylva Johansson.

Para a comissária europeia que tutela a livre circulação na UE e no espaço Schengen – fortemente afectada pela pandemia de covid-19 dado o encerramento de algumas fronteiras internas durante algumas semanas – “não haverá uma nova situação de fronteiras encerradas”.

“A minha impressão é que a nível interno, na UE e no espaço Schengen, os Estados-membros têm sido muito bons a adoptar outras medidas para proteger os seus cidadãos”, declarou Ylva Johansson, numa alusão à implementação de regras de higienização, de distanciamento social e do reforço dos testes e do rastreamento.

Além disso, “também sabemos muito melhor como nos comportar, enquanto indivíduos”, argumentou.

Para a comissária, o fecho de fronteiras internas “já não é uma forma eficaz de lidar com o vírus ao dia de hoje”.

“A Europa foi o centro das infecções, depois da China, e por isso claro que Estados-membros como Itália [tiveram de fechar as fronteiras] porque, de repente, o vírus estava lá, mas agora estamos a avançar cada vez mais para um novo normal no qual nos habituaremos cada vez mais a outras medidas para nos protegermos”, defendeu.

Em Março, a Europa tornou-se dos maiores epicentros do surto de covid-19 no mundo, o que levou os países a imporem confinamento à população e a restringirem as viagens, com 17 Estados-membros e associados do espaço Schengen a fecharem as suas fronteiras internas.

Segundo Ylva Johansson, e uma vez que a situação estabilizou, as fronteiras internas já foram praticamente todas reabertas, exceptuando-se as de países como Finlândia, Dinamarca, Noruega e Lituânia.

“A situação está a melhorar agora e sabemos como nos proteger, mas também como testar e rastrear os casos”, comentou a comissária europeia.

Destacando a melhor preparação da Europa para lidar com o surto do novo coronavírus, a responsável sueca disse, ainda, esperar que “uma segunda vaga [de contágios] não seja tão difícil foi esta”.

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A Comissão Europeia confia que uma eventual segunda vaga de covid-19 não causará, novamente, o fecho de fronteiras internas na União Europeia (UE), como aconteceu em 17 Estados-membros, por esta não ser “uma forma eficaz” de combater o vírus.

“Não penso que cheguemos a um tipo de situação em que as restrições nas fronteiras voltarão a ser necessárias ou que essa seja uma forma eficaz de lidar com o vírus”, disse em entrevista à agência Lusa, em Bruxelas, a comissária europeia para os Assuntos Internos, Ylva Johansson.

Para a comissária europeia que tutela a livre circulação na UE e no espaço Schengen – fortemente afectada pela pandemia de covid-19 dado o encerramento de algumas fronteiras internas durante algumas semanas – “não haverá uma nova situação de fronteiras encerradas”.

“A minha impressão é que a nível interno, na UE e no espaço Schengen, os Estados-membros têm sido muito bons a adoptar outras medidas para proteger os seus cidadãos”, declarou Ylva Johansson, numa alusão à implementação de regras de higienização, de distanciamento social e do reforço dos testes e do rastreamento.

Além disso, “também sabemos muito melhor como nos comportar, enquanto indivíduos”, argumentou.

Para a comissária, o fecho de fronteiras internas “já não é uma forma eficaz de lidar com o vírus ao dia de hoje”.

“A Europa foi o centro das infecções, depois da China, e por isso claro que Estados-membros como Itália [tiveram de fechar as fronteiras] porque, de repente, o vírus estava lá, mas agora estamos a avançar cada vez mais para um novo normal no qual nos habituaremos cada vez mais a outras medidas para nos protegermos”, defendeu.

Em Março, a Europa tornou-se dos maiores epicentros do surto de covid-19 no mundo, o que levou os países a imporem confinamento à população e a restringirem as viagens, com 17 Estados-membros e associados do espaço Schengen a fecharem as suas fronteiras internas.

Segundo Ylva Johansson, e uma vez que a situação estabilizou, as fronteiras internas já foram praticamente todas reabertas, exceptuando-se as de países como Finlândia, Dinamarca, Noruega e Lituânia.

“A situação está a melhorar agora e sabemos como nos proteger, mas também como testar e rastrear os casos”, comentou a comissária europeia.

Destacando a melhor preparação da Europa para lidar com o surto do novo coronavírus, a responsável sueca disse, ainda, esperar que “uma segunda vaga [de contágios] não seja tão difícil foi esta”.