Um bom ensaio para o Benfica, um final penoso para o Sporting
“Encarnados” triunfam no derby por 2-1. Vinícius marcou perto do fim e ficou como o melhor marcador do campeonato.
Depois de ter sido durante largas semanas a melhor equipa no desconfinamento do futebol português, o Sporting fechou a sua época com uma derrota por 2-1, na Luz, frente ao Benfica, um resultado que, associado com o triunfo do Sp. Braga ao FC Porto, tirou os “leões” do pódio e os obrigará a disputar a terceira pré-eliminatória da Liga Europa em vez de entrar directamente na fase de grupos. Já os “encarnados” retiraram deste derby sem espectadores, na Luz, um bom ensaio para a final da Taça de Portugal, em Coimbra, daqui a uma semana.
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Depois de ter sido durante largas semanas a melhor equipa no desconfinamento do futebol português, o Sporting fechou a sua época com uma derrota por 2-1, na Luz, frente ao Benfica, um resultado que, associado com o triunfo do Sp. Braga ao FC Porto, tirou os “leões” do pódio e os obrigará a disputar a terceira pré-eliminatória da Liga Europa em vez de entrar directamente na fase de grupos. Já os “encarnados” retiraram deste derby sem espectadores, na Luz, um bom ensaio para a final da Taça de Portugal, em Coimbra, daqui a uma semana.
Era impossível olhar para este derby de fim de época sem pensar no que será o futuro de Benfica e Sporting. Os “encarnados” ainda terão uma final de Taça para jogar com o interino Nélson Veríssimo (que ainda não perdeu desde que substituiu Bruno Lage), antes de ficarem nas mãos de Jorge Jesus e sofrerem uma profunda reconstrução.
Os “leões” fechavam, na Luz, uma época em que tiveram quatro treinadores e em que passaram o último terço a preparar o futuro, com Rúben Amorim no banco e muita juventude em campo. No imediato, o Benfica só queria um bom ensaio para o jogo com o FC Porto, o Sporting só queria segurar o terceiro lugar.
Pressão benfiquista
As primeiras impressões do derby pareciam indicar um Sporting com vontade de dominar. Mas essas impressões desapareceram após cinco minutos porque o Benfica percebeu rapidamente o que tinha de fazer: pressionar alto e obrigar os jovens “leões” a errar na construção a partir de trás. E erravam muito.
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Só que o Benfica levou muito tempo até conseguir aproveitar. Logo aos 10’, numa dessas saídas falhadas, Pizzi teve o golo nos pés, mas Maximiano fechou a sua baliza. Logo a seguir, aos 16’, o médio benfiquista voltou a ter espaço para o tiro, mas o remate saiu ao lado.
O Sporting foi consistente no erro, não querendo abdicar da sua forma de jogar e raramente se aproximava com perigo. Até teve alguns remates enquadrados com a baliza, mas nenhum deles foi propriamente um desafio para Vlachodimos. Não havia grande poder de fogo ofensivo nestes jovens “leões” de Amorim, mais preocupados em jogar ao primeiro toque, mesmo que isso implicasse jogar para trás e com passes mal direccionados.
Aos 28’, o Benfica teve o justo prémio por ser a melhor equipa num jogo que não estava a ser grande coisa. Na sequência de um canto, Rúben Dias deu o toque para Seferovic, e o suíço, livre da marcação, fez o 1-0. E assim fomos para o intervalo, o Benfica a mostrar que não era preciso muito para ganhar a este frágil Sporting, com boas intenções, mas pouco mais.
A segunda parte parecia mais do mesmo. Logo aos 47’, Jardel ganhou espaço na área, na sequência de um livre, e quase fez o 2-0, mas Maximiano voltou a brilhar na baliza “leonina”. Pouco depois, aos 49’, mais uma oportunidade de golo para juntar à colecção, um remate de Cervi que passou ao lado. Consciente da sua superioridade, e com o passar dos minutos, o Benfica foi afrouxando na pressão, começou a dar mais espaço, a cometer erros, e os “leões” começaram a soltar-se.
Remate ao poste
Aos 52’, o Sporting finalmente criou verdadeiro perigo, com um remate de Nuno Mendes, desviado com dificuldade por Vlachodimos. Depois, aos 65’, um mau alívio de Jardel deixou a bola nos pés do Tiago Tomás, que, com a baliza à mercê, acertou no poste.
O jovem avançado “leonino”, que tinha entrado ao intervalo, acabaria por ser decisivo no golo do empate aos 69’. Tudo começou numa recuperação de Wendel, que transportou o jogo até à área benfiquista e entregou a bola a Tomás. De Tomás, a bola foi ter com Sporar, que não deu hipóteses a Vlachodimos.
Como as coisas estavam, e numa altura em que o Sp. Braga já ganhava ao FC Porto, o Sporting tinha o terceiro lugar na mão e só tinha de aguentar o empate, mas não teve competência para o fazer. E o Benfica, equipa mais experiente e com outros argumentos, queria ganhar o derby e tinha um jogador com vontade de conquistar o troféu de melhor marcador. Foi aos 88’ que Vinícius atirou a contar, num cabeceamento fulminante, após assistência de Pizzi, naquele que foi o seu 18.º golo da época na I Liga – o lance tinha sido invalidado por posição irregular, mas acabou por ser validado porque Matheus Nunes colocou o brasileiro do Benfica em jogo.
A este golo o Sporting já não conseguiu responder. E Rúben Amorim, que sofreu a sua segunda derrota como técnico dos “leões”, tem muito trabalho pela frente.