O que muda no acesso ao ensino superior?

A pandemia adiou os exames nacionais, o que obrigou a alterar os calendários das candidaturas às universidades e politécnicos. As aulas no próximo ano lectivo também devem começar mais tarde do que o habitual.

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PAULO PIMENTA

Quando é feita a candidatura ao ensino superior?
As candidaturas são realizadas no próximo mês, entre os dias 7 e 23. Os resultados da 1.ª fase do concurso nacional de acesso vão ser conhecidos a 28 de Setembro. Todos os prazos foram adiados, em cerca de três semanas, em relação ao habitual, tendo em conta as alterações nas datas dos exames nacionais do ensino secundário, devido à pandemia.

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Quando é feita a candidatura ao ensino superior?
As candidaturas são realizadas no próximo mês, entre os dias 7 e 23. Os resultados da 1.ª fase do concurso nacional de acesso vão ser conhecidos a 28 de Setembro. Todos os prazos foram adiados, em cerca de três semanas, em relação ao habitual, tendo em conta as alterações nas datas dos exames nacionais do ensino secundário, devido à pandemia.

A 2.ª fase do concurso de acesso passa a acontecer entre 28 de Setembro a 9 de Outubro. Há uma 3.ª fase para ingresso no superior, cujos resultados serão conhecidos a 30 de Outubro.

Quando começam as aulas no ensino superior?
Ao contrário do que acontece nas escolas, no ensino superior, cada instituição tem autonomia para definir os seus calendários lectivos. Mas com as colocações adiadas para o final de Setembro, é certo que o próximo ano vai começar mais tarde. Na maioria das instituições, as aulas arrancam na primeira ou segunda semana de Outubro. Num número mais pequeno de casos, apenas depois da 2.ª fase de colocações, a 15 de Outubro.

Como é calculada a média de acesso?
Em teoria, não há alterações na fórmula de cálculo da média de acesso, que tem em conta a classificação final de ensino secundário e as provas específicas de ingresso em cada curso superior, cujo peso varia entre 35% e 50%. No entanto, uma vez que os exames nacionais deste ano servem apenas como prova de ingresso, a nota final do secundário resultará apenas da avaliação dos professores, sem qualquer peso dos exames. Os especialistas antecipam que, em resultado das regras especiais aplicadas este ano, por causa da pandemia, os resultados nos exames – que, para as provas da 1ª fase, são conhecidos no início do próximo mês – e as médias de ingresso no superior devem ser mais elevadas.

E os alunos doentes?
Os estudantes afectados pela covid-19 no momento dos exames nacionais vão poder fazer as provas na 2.ª fase, agendada para Setembro, sem prejuízo para o ingresso no ensino superior. A medida abrange todos os problemas relacionados com a doença, como por exemplo ter um familiar próximo ou alguém com quem se partilha casa com diagnóstico confirmado ou ter tido contacto recente com uma pessoa com teste positivo. No caso de o estudante não possa comparecer à 1.ª fase dos exames nacionais, fica automaticamente inscrito na 2.ª fase, no início de Setembro. Esses alunos vão poder usar a nota ainda na 1.ª fase do concurso nacional de acesso. Por norma, os estudantes que fazem os exames na 2.ª fase só podem concorrer também à 2.ª fase de ingresso, quando as vagas disponíveis são em número inferior e alguns dos cursos mais concorridos já têm quase todos os lugares esgotados.