TVI já tem nova direcção de Informação, com Lurdes Baeta como adjunta de Anselmo Crespo
Novas equipas de Informação e de Programas (incluindo Cristina Ferreira) iniciam funções a 1 de Setembro. TVI vai ter novo estúdio e novos programas de informação. ERC decide na próxima semana se abre processo de averiguações à Media Capital por não ter pedido autorização para a venda da quota a Mário Ferreira.
É uma solução que integra nomes contratados na concorrência e nomes que fazem parte da redacção da TVI: a nova direcção de Informação (DI) do canal de Queluz de Baixo vai ter a jornalista Lurdes Baeta como directora-adjunta de Anselmo Crespo que, como o PÚBLICO noticiou, assume o lugar de director de Informação.
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É uma solução que integra nomes contratados na concorrência e nomes que fazem parte da redacção da TVI: a nova direcção de Informação (DI) do canal de Queluz de Baixo vai ter a jornalista Lurdes Baeta como directora-adjunta de Anselmo Crespo que, como o PÚBLICO noticiou, assume o lugar de director de Informação.
De acordo com informação da TVI, para subdirectores estão confirmados os nomes dos jornalistas Pedro Mourinho (que vem da SIC), Joaquim Sousa Martins (que é quem assegura a continuidade da actual equipa), e Pedro Benevides (antigo jornalista da RTP, da SIC e que era até aqui editor de Política do jornal digital Observador).
As alterações nas equipas da Informação, assim como as que ainda estão em preparação na área da programação - e que incluem o regresso de Cristina Ferreira como responsável pelo entretenimento e ficção -, entram em vigor a 1 de Setembro. “Até lá, os membros actualmente em funções asseguram, na plenitude, as tarefas necessárias e preparam a transição”, afirma a estação de Queluz em comunicado. Recorde-se que o jornalista Pedro Pinto, que era subdirector, assumiu interinamente o cargo de director de Informação quando Sérgio Figueiredo deixou a estação da Media Capital há três semanas. Para coordenar a operação da TVI Norte, Nuno Santos foi à RTP buscar o jornalista João Fernando Ramos, que não ficará enquadrado na DI mas reportará ao director-geral.
“Compete ao director de Informação definir agora as estruturas intermédias e a organização da redacção, bem como participar no processo de transformação em curso, com vista à reformulação da oferta da informação da TVI”, descreve a estação. A TVI está a reformular o estúdio de informação e tem actualmente a consultora BCG - Boston Consulting Group a avaliar a forma de funcionar e a ajudar a preparar a nova estratégica do canal. Para liderar esse processo foram escolhidos os jornalistas José Aberto Carvalho e Pedro Pinto que ficam com “atribuições transversais” - mas não deixarão as funções de pivot.
ERC decide na próxima semana se abre processo à TVI
Ao mesmo tempo que a televisão se reestrutura, a empresa-mãe vê-se envolvida em várias batalhas externas. A última é com o regulador dos media: a Entidade Reguladora para a Comunicação Social decide na próxima semana se abre um processo de averiguações à Media Capital por causa do poder que Mário Ferreira já terá dentro da estrutura da empresa apesar de isso não estar formalmente estipulado. Essa situação pode configurar uma ilegalidade por se tratar de um caso de alteração de domínio para a qual o regulador entende que lhe deveria ter sido pedida autorização. E se a ERC entender que há de facto uma ilegalidade poderá levar a dona da TVI a pagar uma multa pesada ou mesmo a ver a licença de emissão suspensa por dez dias.
Em cima da mesa do regulador estarão as notícias sobre o poder de influência de Mário Ferreira nas contratações recentes e nas nomeações para a administração e a sua disponibilidade para investir ainda mais na compra na Media Capital. Neste caso, o PÚBLICO sabe que a ERC está a fazer um trabalho de análise conjunta com a CMVM. Há dias, a Media Capital escreveu uma carta muito crítica à ERC acusando-a de se deixar instrumentalizar pela Cofina neste processo, grupo que diz, quer desvalorizar a TVI.
A par desta questão, a Prisa tem também um processo judicial com a Cofina por causa da desistência desta última de comprar a Media Capital, e da instabilidade que causa no mercado o facto de a CMVM - Comissão do Mercado de Valores Mobiliários estar ainda a decidir se a Cofina terá ou não que lançar uma OPA sobre os 5,3% da Media Capital e a analisar o acordo parassocial de Mário Ferreira com a Prisa para ver se houve concertação para o negócio de compra de 30,22%.