Expansão do Metro do Porto adjudicada ao consórcio liderado pela Ferrovial

Comissão de Análise de propostas manteve classificação das empresas e conselho de administração já aprovou as propostas de adjudicação, sinalizando as poupança de 77 milhões de euros que conseguiu face ao preço anunciado

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Nelson Garrido

O conselho de administração do Metro do Porto não esconde a pressa que tem em ver no terreno as duas frentes de obra com que quer fazer a expansão do Metro do Porto e, no comunicado onde torna pública a decisão de adjudicar ambos os lotes a um consórcio liderado pela Ferrovial, diz que as obras “arrancam em semanas”. Por terra, para já, caíram os argumentos das empresas concorrentes, que sinalizaram, entre outros aspectos, a baixa classificação deste consórcio nas componentes técnicas

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O conselho de administração do Metro do Porto não esconde a pressa que tem em ver no terreno as duas frentes de obra com que quer fazer a expansão do Metro do Porto e, no comunicado onde torna pública a decisão de adjudicar ambos os lotes a um consórcio liderado pela Ferrovial, diz que as obras “arrancam em semanas”. Por terra, para já, caíram os argumentos das empresas concorrentes, que sinalizaram, entre outros aspectos, a baixa classificação deste consórcio nas componentes técnicas

Em comunicado, o conselho de administração da Metro do Porto diz que recebeu e analisou os relatórios finais dos júris dos concursos públicos para a construção da Linha Rosa (Linha Circular) e para o prolongamento da Linha Amarela, e que aprovou a proposta de adjudicação de ambas as empreitadas ao consórcio liderado pela espanhola Ferrovial Agroman, e que é integrado também pela ACA – Alberto Couto Alves, um empresa com sede em Famalicão. 

“O valor global destas adjudicações ascende a 288 milhões de euros – 189 milhões relativos ao novo traçado no Porto e 98,9 milhões para a ampliação em Gaia” –, sintetiza a Metro do Porto, sublinhando o facto de com esta adjudicação a empresa pública ter conseguido poupar cerca de 77 milhões de euros face às propostas que serviram de base ao lançamento dos concursos. 

“Na totalidade, os novos seis quilómetros e as novas estações da rede apresentavam um valor base de concurso orçamentado em cerca de 365 milhões de euros. Assinale-se, com este resultado, que a Metro do Porto obtém uma significativa poupança, na ordem dos 77 milhões de euros, face aos valores de referência destes dois concursos públicos internacionais, com o mercado e a livre concorrência a responderem muito positivamente e garantirem uma redução de 21%”, refere a empresa. 

Agora, a expectativa da Metro do Porto é que empresa e consórcio vencedor vão formalizar os passos legais que permitam a assinatura, a curto prazo, dos contratos de adjudicação. “Sendo que, igualmente a curto prazo, as obras vão arrancar no terreno”, termina a empresa.

Os consórcios concorrentes vão agora ser notificados desta decisão. Uma das empresas que não chegou a participar neste concurso, o grupo Elevo, anunciou uma tentativa de impugnação administrativa de forma a obrigar a empresa a lançar novos concursos. Mas, confirmou o PÚBLICO junto da Metro do Porto, que esta acção não teve provimento e acabou recusada pelo Conselho de Administração.